Veja que serviços serão afetados pela greve de TI em SP
Com o início da greve na sexta-feira, serviços públicos, bancários e de telefonia serão afetados e podem ter seu funcionamento prejudicado
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 22h01.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h17.
A paralisação dos profissionais de TI de São Paulo está prevista para começar na sexta-feira (21). Com o início da greve , serviços públicos, bancários e de telefonia serão afetados e podem ter seu funcionamento prejudicado. Veja a seguir o motivo da greve e quais as consequências da paralisação para o estado.
Os profissionais de TI de São Paulo aprovaram no sábado (15) uma greve da categoria. A decisão sobre a paralisação aconteceu em uma assembleia. Cerca de 800 profissionais participaram da reunião, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd). Os profissionais decidiram entrar em greve após uma negociação salarial que foi até a quinta rodada. No entanto, terminou sem acordo entre empresários e trabalhadores. A última proposta apresentada pelas empresas foi de reajuste salarial de 6,5%, obrigatoriedade de apresentação de plano de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para empresas com mais de 10 funcionários, vale-refeição (VR) para companhias com mais de 35 funcionários e reajuste dos pisos de 7%. Mas os profissionais pedem reajuste nos salários de 8,8% e de 10,3% nos pisos, VR e PLR para todas as empresas.
Segundo o Sindpd, a paralisação deve atingir as principais empresas responsáveis pelos sistemas e informatização desses serviços. A paralisação dos profissionais deve interferir principalmente os serviços bancários e de telecomunicações.
As maiores companhias do setor são: TIVIT, Totvs, IBM, Sonda IT, Fidelity. E essas empresas possuem clientes como VIVO, Petrobras, Embratel, Claro, BM&FBovespa.
Prodam e Prodesp também serão afetados. Esses órgãos são responsáveis pela emissão de notas fiscais, de arrecadação de IPTU, processamento de multas de trânsito, agendamento de consultas e exames médicos, serviços jurídicos e de segurança.
Na terça-feira (18), o Sindpd encaminhou à Prodam, Prodesp, Ima, Empro, Corderp e Cijun e a todas as outras empresas estatais um comunicado. Ele propõe a realização de uma reunião para contingenciamento de pessoal e fala sobre as regras de manutenção dos serviços essenciais dessas empresas, como determina a Lei de Greve.
Segundo Antonio Neto, presidente do Sindpd, a paralisação dos profissionais de TI de São Paulo afetará 45% da mão de obra total do setor no país. “As maiores empresas de nossa base não prestam apenas serviços locais. Outros estados também serão afetados”, disse em nota.
Ainda de acordo com a lei, todos os contratos de trabalho no setor ficam suspensos a partir de sexta-feira (21). As empresas não poderão demitir injustificadamente os funcionários durante o período. Enquanto não houver acordo entre o Sindpd e a empresa, a aplicação de banco de horas está proibida. E as paralisações de trabalhadores precisam ser respeitadas sem retaliações por qualquer empresa do setor. Segundo o presidente, muitas empresas já procuraram o sindicato para fechar acordos isolados e evitar as paralisações. “Estamos abertos para as negociações”, disse.