Usuários criticam Amazon por venda de ebook sobre WikiLeaks
Na semana passada, empresa tirou do ar site da organização, que ficava em seus servidores
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 16h02.
São Paulo – A Amazon virou alvo de protestos na internet nesta quinta-feira (9) por conta de um ebook para Kindle que entrou em seu catálogo de produtos à venda. O livro eletrônico em questão está disponível na versão britânica do site e tem o nome “WikiLeaks documents expose US foreign policy conspiracies. All cables with tags from 1- 5000” (“Documentos do WikiLeaks expõem conspirações de política externa dos Estados Unidos. Todos os telegramas com tags do 1 ao 5000”).
O título foi submetido à loja virtual pelo próprio autor, mas a Amazon recebe uma porcentagem sobre as vendas. Os internautas apontam que há uma contradição em a empresa se beneficiar do vazamento feito pelo WikiLeaks depois de ter boicotado o trabalho da organização.
É que a Amazon.com hospedava em seus servidores as páginas do WikiLeaks até a semana passada, mas decidiu tirar o site do ar alegando que o cliente teria violado os termos de serviço. A decisão, vista por muitos como uma forma de censura, obrigou o WikiLeaks a migrar suas páginas para um endereço na Suíça e a pedir ajuda de internautas de todo o mundo para conseguir se manter no ar.
O grupo de hackers Anonymous, que desde o início da semana vem promovendo ataques contra diversos sites em defesa do WikiLeaks, chegou a anunciar um ataque à Amazon nesta quinta-feira (9), mas a ação teria sido frustrada. “Não conseguimos atacar a Amazon neste momento”, disseram os activistas, segundo a CNN. “Não temos forças suficientes”.
Nesta tarde, os comentários a respeito do ebook com o maior percentual de votações positivas no site da Amazon.co.uk criticavam a empresa. “Amazon, isso é incrível: primeiro você bane os dados do WikiLeaks de seus servidores; depois você vende a mesma informação”, dizia uma das mensagens. “Hum, a Amazon me permitiria comprar isso usando minha conta no PayPal? E meu Visa ou Mastercard?”, ironizava outro usuário, citando outras empresas que também cancelaram serviços ao WikiLeaks nos últimos dias.
A Amazon ainda não se manifestou a respeito do assunto.
O anúncio do ebook, cuja autoria é atribuída a Heinz Duthel, deixa claro que o conteúdo dos telegramas propriamente dito não está à venda, já que pode ser obtido gratuitamente no WikiLeaks. “Este livro contém comentários e análises a respeito das recentes divulgações do WikiLeaks, não o material original divulgado via website”. O livro está a venda por 7,37 libras, o equivalente a R$ 19,74.
Não é a primeira vez que a Amazon é alvo de protestos de usuários por conta de obras colocadas à venda. No mês passado, um livro chamado “O Guia da Pedofilia para o Amor e o Prazer” acabou sendo retirado do catálogo após uma série de reclamações de internautas. Antes de remover o título de seu site, entretanto, a empresa chegou a se manifestar a favor da oferta da obra. “A Amazon não apoia ou promove o ódio ou atos criminosos. Porém, nós defendemos o direito de cada indivíduo poder realizar suas próprias decisões de compra”, dizia o comunicado.
A Amazon permite que autores e editoras enviem seus livros diretamente para publicação na plataforma de ebooks do Kindle. O autor ou a editora responsável pela obra recebe 70% do valor de cada exemplar vendido.
São Paulo – A Amazon virou alvo de protestos na internet nesta quinta-feira (9) por conta de um ebook para Kindle que entrou em seu catálogo de produtos à venda. O livro eletrônico em questão está disponível na versão britânica do site e tem o nome “WikiLeaks documents expose US foreign policy conspiracies. All cables with tags from 1- 5000” (“Documentos do WikiLeaks expõem conspirações de política externa dos Estados Unidos. Todos os telegramas com tags do 1 ao 5000”).
O título foi submetido à loja virtual pelo próprio autor, mas a Amazon recebe uma porcentagem sobre as vendas. Os internautas apontam que há uma contradição em a empresa se beneficiar do vazamento feito pelo WikiLeaks depois de ter boicotado o trabalho da organização.
É que a Amazon.com hospedava em seus servidores as páginas do WikiLeaks até a semana passada, mas decidiu tirar o site do ar alegando que o cliente teria violado os termos de serviço. A decisão, vista por muitos como uma forma de censura, obrigou o WikiLeaks a migrar suas páginas para um endereço na Suíça e a pedir ajuda de internautas de todo o mundo para conseguir se manter no ar.
O grupo de hackers Anonymous, que desde o início da semana vem promovendo ataques contra diversos sites em defesa do WikiLeaks, chegou a anunciar um ataque à Amazon nesta quinta-feira (9), mas a ação teria sido frustrada. “Não conseguimos atacar a Amazon neste momento”, disseram os activistas, segundo a CNN. “Não temos forças suficientes”.
Nesta tarde, os comentários a respeito do ebook com o maior percentual de votações positivas no site da Amazon.co.uk criticavam a empresa. “Amazon, isso é incrível: primeiro você bane os dados do WikiLeaks de seus servidores; depois você vende a mesma informação”, dizia uma das mensagens. “Hum, a Amazon me permitiria comprar isso usando minha conta no PayPal? E meu Visa ou Mastercard?”, ironizava outro usuário, citando outras empresas que também cancelaram serviços ao WikiLeaks nos últimos dias.
A Amazon ainda não se manifestou a respeito do assunto.
O anúncio do ebook, cuja autoria é atribuída a Heinz Duthel, deixa claro que o conteúdo dos telegramas propriamente dito não está à venda, já que pode ser obtido gratuitamente no WikiLeaks. “Este livro contém comentários e análises a respeito das recentes divulgações do WikiLeaks, não o material original divulgado via website”. O livro está a venda por 7,37 libras, o equivalente a R$ 19,74.
Não é a primeira vez que a Amazon é alvo de protestos de usuários por conta de obras colocadas à venda. No mês passado, um livro chamado “O Guia da Pedofilia para o Amor e o Prazer” acabou sendo retirado do catálogo após uma série de reclamações de internautas. Antes de remover o título de seu site, entretanto, a empresa chegou a se manifestar a favor da oferta da obra. “A Amazon não apoia ou promove o ódio ou atos criminosos. Porém, nós defendemos o direito de cada indivíduo poder realizar suas próprias decisões de compra”, dizia o comunicado.
A Amazon permite que autores e editoras enviem seus livros diretamente para publicação na plataforma de ebooks do Kindle. O autor ou a editora responsável pela obra recebe 70% do valor de cada exemplar vendido.