Tecnologia

Usuário de iPhone é mais rico e refinado que o de Android

Uma pesquisa com 15.000 usuários nos Estados Unidos aponta diferenças curiosas entre usuários de iPhone e de smartphones com Android

A pesquisa da Hunch aponta que usuários do Android são mais introvertidos e fazem menos viagens internacionais que a turma do iPhone (Laihiu)

A pesquisa da Hunch aponta que usuários do Android são mais introvertidos e fazem menos viagens internacionais que a turma do iPhone (Laihiu)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 20 de agosto de 2011 às 07h48.

São Paulo — Usuários do iPhone, da Apple, veem a si mesmos como líderes, ganham mais e fazem viagens internacionais com mais frequência. Já a turma do Android é mais pessimista, menos endinheirada, raramente sai do país onde vive e se importa menos com a aparência. Essas são algumas conclusões de uma exótica pesquisa feita pela empresa Hunch, de Nova York, com 15.000 usuários de smartphones. 

A pesquisa parece confirmar vários dos estereótipos das pessoas que escolhem iPhone e Android. Os dados obtidos pela Hunch retratam os donos de iPhone como uma elite financeira e cultural, apegada à moda e movida por certa dose de arrogância. Entre eles, as chances de alguém ganhar mais de US$ 200 mil por ano são 67% maiores que entre os usuários de Android. O grupo da maçã tem 37% mais pessoas com diploma de curso superior e 27% mais que se consideram líderes. Há 18% mais mulheres nesse grupo e a média de idade é mais alta.

Sushi x churrasco

Os seguidores de Steve Jobs gostam de sushi, comida tailandesa e “tapas” espanhóis. Apreciam vinhos chianti, da Toscana, e também aqueles feitos com uvas Malbec (ponto para os Argentinos, grandes produtores de Malbec). Sua cerveja predileta é a exótica Magic Hat, feita numa cervejaria da moda em South Burlington, no estado de Vermont. 

Já a turma do Android é mais modesta. Nesse grupo, há 12% mais introvertidos que no do iPhone. Essa turma também se diz pouco preocupada com a aparência. E há 57% mais participantes, nela, que escolheriam um smartphone feio com muitos recursos em vez de um aparelho elegante mas menos potente. Entre seus livros prediletos estão O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, e 1984, de George Orwell. Politicamente, quem usa Android tende a ser mais conservador do que os usuários de iPhone.


Nos quesitos comida e bebida, os usuários de Android preferem churrasco e frango. Gostam de vinhos feitos com uvas Shiraz e Moscato. E sua cerveja predileta é a alemã Beck’s. Esse grupo não se considera gastador, e diz que prefere poupar dinheiro. Mas é mais cuidadoso ao dirigir: na turma do iPhone, o péssimo hábito de digitar no smartphone ao volante tem 50% mais adeptos.

Windows Phone e Blackberry

A Hunch também levantou dados sobre usuários de Windows Phone e Blackberry. Eles tendem a ficar no meio-termo entre a turma do Android e a do iPhone. O pessoal do Windows Phone se considera extrovertido e tem posição política de centro. Há predomínio de mulheres nesse grupo. A turma do Blackberry é politicamente liberal. Há equilíbrio entre os sexos nela e há mais pessoas que se consideram introvertidas. Além disso, esse grupo diz viajar com mais frequência que a média.

A pesquisa foi realizada por meio de um questionário no site da Hunch. Logo, os participantes, que responderam às perguntas voluntariamente, não formam uma amostra estatisticamente equilibrada. Além disso, os perfis obtidos mostram como os consumidores descrevem a si mesmos – uma descrição que pode não ser 100% verdadeira. Por isso, os resultados devem ser vistos com cautela.

Tempos atrás, correu o mundo a notícia de que um estudo havia comprovado que usuários do Internet Explorer são menos inteligentes do que aqueles que usam outros browsers. Verificou-se, depois, que o “estudo” não passava de uma brincadeira. Não parece ser esse o caso da pesquisa da Hunch. Mesmo assim, as afirmações tendem tanto para o lado do estereótipo que é melhor não levá-las a sério demais.

Acompanhe tudo sobre:AndroidCelularesGoogleIndústria eletroeletrônicaiPhoneSmartphones

Mais de Tecnologia

O Vale entre Trump e Kamala: pleito coloca setor de tecnologia em lados opostos das eleições nos EUA

China inova com o lançamento do primeiro robô humanoide ultraleve, o Konka-1

Xiaomi investirá US$ 3,3 bi em P&D em 2024 e mira US$ 4,2 bi em 2025

China lança padrão internacional de dados de células-tronco para acelerar pesquisa