Tecnologia

Um quarto dos celulares do Brasil é pós-pago

Foram desconectadas 2,162 milhões de linhas pré-pagas e o segmento encerrou junho com 211,4 milhões de acessos


	Dentre as quatro principais empresas, a que possui um maior mix de pós-pagos é a Vivo
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Dentre as quatro principais empresas, a que possui um maior mix de pós-pagos é a Vivo (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 21h00.

São Paulo - Com 1,7 milhão de desconexões, o mercado brasileiro de serviço móvel pessoal (SMP) fechou junho com uma queda de 0,60% em comparação com maio, totalizando 282,454 milhões de linhas, de acordo com balanço da Anatel divulgado nesta segunda-feira, 20.

Com isso, o avanço semestral da base total do setor foi de 0,61%, com um crescimento líquido de 1,725 milhão de acessos.

Mas a indústria traz um mix diferente, chegando a um quarto de celulares pós-pagos pela primeira vez em mais de dez anos.

Esse movimento aconteceu também porque o mercado de pré-pago recuou 1,01% no mês. Foram desconectadas 2,162 milhões de linhas pré-pagas e o segmento encerrou junho com 211,4 milhões de acessos.

A proporção em relação ao total da base diminuiu 1 ponto percentual (p.p.) no semestre, mas ainda é a esmagadora maioria brasileira, com 74,85%.

Isso significa que a base de linhas pós-pagas, com 71 milhões de acessos, aumentou na mesma proporção, sendo agora 25,15% do total.

É a primeira vez que essa proporção passa de um quarto do total desde pelo menos janeiro de 2005 (informação mais antiga do banco de dados da Anatel), quando era de 19,57%, ou pouco mais de 13 milhões de linhas de um total de 66,6 milhões de acessos.

Isso mostra que, em dez anos, as operadoras aumentaram apenas 5 p.p. nesse mix, embora o ritmo pareça ter aumentado.

Dentre as quatro principais empresas, a que possui um maior mix de pós-pagos é a Vivo, com 35,80% (29,586 milhões de acessos) da base utilizando essa modalidade de plano, um aumento de 0,69% em relação a maio.

A Claro contava em junho com 22,41% (15,957 milhões), crescimento de 0,13%; seguida de 18,23% da Oi (9,158 milhões), recuo de 0,27%; e 18,15% (13,539 milhões) da TIM, aumento de 1,21%.


Todas as grandes mostraram recuo na base de pré-pago em junho, com destaque para a TIM, que recuou 1,35% (836 mil desconexões) no mês. Vivo registrou queda de 1,18% (631,5 mil linhas a menos), Claro caiu 0,75% (416,6 mil) e Oi recuou 0,68% (282,7 mil).


Desconexões

O recuo da base total de acessos móveis de 1,7 milhão de desconexões entre maio e junho veio justamente das quatro maiores operadoras brasileiras, com destaque para a TIM, que caiu 0,89% no mês (673,6 mil desconexões).

Em seguida veio a Vivo, com recuo de 0,52% (428,3 mil); depois a Claro, com 0,55% de queda (396,3 mil); e a Oi, com 0,61% de retração (307,5 mil linhas a menos).

Desconsiderando as operações menores da Datora e Terapar, quem registrou maior crescimento mensal foi a Porto Seguro, com 6,33% (19,6 mil adições), embora o aumento líquido maior tenha sido da Nextel, com 82,6 mil adições (aumento de 4,13%).

No semestre, somente a TIM e a Oi mostraram retração: 1,48% (1,120 milhão de desconexões) e 1,35% (686,7 mil), respectivamente.

A Vivo, por outro lado, mostrou maior aumento líquido: 2,717 milhões, ou 3,40% de avanço. Proporcionalmente, a Nextel foi a que mais adicionou à própria base, com 37,83% de crescimento (572,2 mil adições líquidas).

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