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Turquia será o primeiro país a operar drone armado com metralhadora

Fabricante garante precisão dos disparos (únicos ou em rajadas de 15 tiros) à distância de até 200 metros do alvo

Primeiro drone militar: equipamento pesa 25 quilos e tem oito rotores para o voo (Anadolu Agency/Getty Images)

Primeiro drone militar: equipamento pesa 25 quilos e tem oito rotores para o voo (Anadolu Agency/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 18h32.

Última atualização em 17 de dezembro de 2019 às 18h33.

A Turquia será o primeiro país do mundo a ter em seu arsenal drones armados, capazes de atingir alvos no campo de batalha enquanto os soldados estão em segurança, a distância de até dez quilômetros do combate. O armamento, produzido pela turca Asisguard, é capaz de carregar até 200 munições 5.56×45mm NATO, padrão das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os primeiros equipamentos devem ser entregues ainda neste mês, informa a revista “New Scientist”.

Batizado como Songar, o drone pesa 25 quilos e tem oito rotores para o voo. Ele possui sensores para operações noturnas e pode ser operado à distância de até 10 quilômetros, em altitude de até 2,8 mil metros. Equipado com câmeras, ele envia imagens em tempo real para o operador, que deve tomar a decisão do momento dos disparos.

Segundo a fabricante, o drone é capaz de realizar disparos únicos ou em rajadas de 15 tiros. A precisão é de acertos numa área de 15 centímetros quadrados, a 200 metros de distância, o suficiente para que todas as balas acertem um alvo do tamanho de um ser humano.

O uso de drones como armas no campo de batalha não é novidade. Eles são usados por exércitos e forças rebeldes para ataques com granadas ou carregando explosivos. Porém, o uso dessas aeronaves com armas de fogo impunha algumas dificuldades.

A mira por meio de vídeo é afetada pela dificuldade em se determinar a distância e o ângulo para o disparo. Para resolver o problema, a Asisguard usa sensores, incluindo câmeras e um sistema a laser, para realizar os cálculos, incluindo os desvios pelo vento, e ajustar a mira.

Outro problema é lidar com o recuo da arma após os disparos. A solução da fabricante turca foi instalar braços robóticos, que compensam o movimento da metralhadora, mantendo a estabilidade do drone e da mira.

“O Songar aumenta a sobrevivência contra fogo inimigo em zonas de patrulhamento ou em eventos de emboscadas ou ameaças durante a transição de veículos terrestres e comboios”, diz a fabricante, na descrição do drone. “Devido a sua grande capacidade de disparos aéreos, também pode ser usado para fins ofensivos, quando necessários”.

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