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TIM defende "igualdade de competição" com apps de mensagens

O argumento se baseia no fato de o aplicativo utilizar o número de telefone do usuário, pelo qual as operadoras pagam impostos

Smartphone com WhatsApp: o argumento se baseia no fato de o aplicativo utilizar o número de telefone do usuário (Brent Lewin/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 08h41.

São Paulo - O presidente da TIM Participações, Rodrigo Abreu, defendeu ser necessário igualdade de condições de competição entre os serviços de aplicativos de mensagem e voz baseados na Internet, categoria na qual se insere o WhatsApp , e os serviços oferecidos pelas operadoras de telecomunicações.

"Existem várias discussões, e a tônica sempre é de igualdade de condições de competição dentro do mesmo serviço", disse Abreu a jornalistas na noite de segunda-feira após evento do setor. "Tem que existir equilíbrio na possibilidade de crescimento para todo o setor.

Não adianta privilegiar só o setor de infraestrutura, só o de aplicações e conteúdo, os dois têm que crescer de maneira equivalente, igualitária. Senão, um crescimento desbalanceado faz com que exista um problema para todo mundo de maneira geral", afirmou o executivo.

Na semana passada, a Reuters publicou reportagem segundo a qual as operadoras pretendem entregar a autoridades locais em dois meses um documento com embasamentos econômicos e jurídicos contra o serviço de voz do aplicativo WhatsApp, controlado pelo Facebook, de acordo com fontes da indústria.

O argumento se baseia no fato de o aplicativo utilizar o número de telefone do usuário, pelo qual as operadoras pagam impostos, diferentemente da empresa norte-americana.

Abreu evitou confirmar a informação, mas declarou que existem análises sendo feitas no âmbito do Sinditelebrasil, associação que representa a indústria.

"Obviamente, tem questões que precisam ser levantadas. Essa análise está sendo feita pelo Sinditelebrasil. Não existe uma posição específica de cada empresa. Vamos acompanhar essa discussão com bastante cuidado, adaptar as nossas posições de acordo com o andamento dessas análises, assim como está acontecendo no mundo inteiro".

Segundo Abreu, o serviço de voz do Whatsapp é mais um dos serviços de voz sobre Internet que já existiam dentro do modelo tradicional de comunicações com aplicativos.

"Então não é ele por si só que deveria ser responsável por uma grande mudança de hábito de consumo na rede. O grande responsável pela mudança de hábito no curto prazo são as mensagens, mais do que a voz sobre Internet, e isso vem acontecendo com um crescimento exponencial ao longo dos últimos anos", declarou.

"O Brasil em particular tem um papel de destaque porque talvez seja o país onde o nível de consumo de mensagens (via aplicativos de Internet) tenha crescido com maior velocidade dentre os grandes países globais", disse.

"Então o principal impacto no setor é o crescimento de mensagens, que, por outro lado, também traz o crescimento do consumo de dados. Vemos uma queda acentuada do uso da voz e um crescimento acentuado do uso de dados, tanto é que, para nós, o uso de dados vem crescendo a um ritmo de 40 a 50 por cento ao ano há vários trimestres", afirmou Abreu.

Texto atualizado às 8h41

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São Paulo - O presidente da TIM Participações, Rodrigo Abreu, defendeu ser necessário igualdade de condições de competição entre os serviços de aplicativos de mensagem e voz baseados na Internet, categoria na qual se insere o WhatsApp , e os serviços oferecidos pelas operadoras de telecomunicações.

"Existem várias discussões, e a tônica sempre é de igualdade de condições de competição dentro do mesmo serviço", disse Abreu a jornalistas na noite de segunda-feira após evento do setor. "Tem que existir equilíbrio na possibilidade de crescimento para todo o setor.

Não adianta privilegiar só o setor de infraestrutura, só o de aplicações e conteúdo, os dois têm que crescer de maneira equivalente, igualitária. Senão, um crescimento desbalanceado faz com que exista um problema para todo mundo de maneira geral", afirmou o executivo.

Na semana passada, a Reuters publicou reportagem segundo a qual as operadoras pretendem entregar a autoridades locais em dois meses um documento com embasamentos econômicos e jurídicos contra o serviço de voz do aplicativo WhatsApp, controlado pelo Facebook, de acordo com fontes da indústria.

O argumento se baseia no fato de o aplicativo utilizar o número de telefone do usuário, pelo qual as operadoras pagam impostos, diferentemente da empresa norte-americana.

Abreu evitou confirmar a informação, mas declarou que existem análises sendo feitas no âmbito do Sinditelebrasil, associação que representa a indústria.

"Obviamente, tem questões que precisam ser levantadas. Essa análise está sendo feita pelo Sinditelebrasil. Não existe uma posição específica de cada empresa. Vamos acompanhar essa discussão com bastante cuidado, adaptar as nossas posições de acordo com o andamento dessas análises, assim como está acontecendo no mundo inteiro".

Segundo Abreu, o serviço de voz do Whatsapp é mais um dos serviços de voz sobre Internet que já existiam dentro do modelo tradicional de comunicações com aplicativos.

"Então não é ele por si só que deveria ser responsável por uma grande mudança de hábito de consumo na rede. O grande responsável pela mudança de hábito no curto prazo são as mensagens, mais do que a voz sobre Internet, e isso vem acontecendo com um crescimento exponencial ao longo dos últimos anos", declarou.

"O Brasil em particular tem um papel de destaque porque talvez seja o país onde o nível de consumo de mensagens (via aplicativos de Internet) tenha crescido com maior velocidade dentre os grandes países globais", disse.

"Então o principal impacto no setor é o crescimento de mensagens, que, por outro lado, também traz o crescimento do consumo de dados. Vemos uma queda acentuada do uso da voz e um crescimento acentuado do uso de dados, tanto é que, para nós, o uso de dados vem crescendo a um ritmo de 40 a 50 por cento ao ano há vários trimestres", afirmou Abreu.

Texto atualizado às 8h41

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