TikTok recua no plano de expandir 'live commerce' da plataforma para o ocidente
Responsável por gerar 37% das vendas do varejo na China, as transmissões ao vivo para apresentar produtos não atraíram a audiência esperada pela plataforma
André Lopes
Publicado em 6 de julho de 2022 às 15h12.
Última atualização em 6 de julho de 2022 às 15h17.
Apesar da força de crescimento como rede social, nem todos os sonhos do TikTok para ganhar o mundo se tornarão realidade. E no mais recente dos fracassos, está fora da lista o plano de vender produtos por meio de transmissões ao vivo, ao menos nos EUA e alguns países da Europa.
Segundo o Financial Times, desde o final do ano passado, a empresa estava testando a função que permitia aos anunciantes listar para venda os produtos que apareciam em lives.
Mas, durante os testes do recurso, as transmissões não atraíram uma grande audiência e não geraram muitas vendas. Por consequência, algumas das empresas envolvidas no projeto 'TikTok Shop' desistiram da ideia.
A ByteDance, a dona do TikTok, a planejava lançar o Shop na Alemanha, França, Itália e Espanha, para então lançar nos EUA até o final do ano. Contudo, a aposta encolheu e o foco se tornou apenas ter o sistema no Reino Unido.
Na Ásia vai bem
A prática de vender por lives é muito bem-sucedida no varejo asiático, e por isso, prometia despontar com a força do poderoso mercado de influenciadores digitais do ocidente.
Na China, em 2021, 37% das vendas no comércio eletrônico vieram dessa forma, o suficiente para gerar receitas de 131 bilhões de dólares, segundo a consultoria eMarketer.
O Douyin, a versão do TikTok para o país comunista, que também pertence à ByteDance, viu essas vendas ao vivo se transformarem em grandes eventos culturais e que trazem grandes negócios para varejistas, criadores de conteúdo e plataformas.