Testes confirmam uma das maiores reclamações sobre notebooks

São Paulo -- A bateria do seu notebook não dura tanto quanto dizia o anúncio na hora da compra? Você não está sozinho. Um estudo realizado no Reino Unido indica que as marcas exageram nas estimativas de duração de bateria de computadores portáteis.

A associação chamada Which? divulgou uma lista nesta semana na qual indica que a maioria das fabricantes não conseguiu cumprir a promessa que fizeram com seus notebooks.

A exceção é a Apple, com seu recente MacBook Pro 2016, que obteve mais tempo de uso do que o dito pela marca -- mas o resultado é controverso.

Acer, Asus, Lenovo, HP e Dell, por outro lado, mal conseguiram chegar à metade do tempo prometido nos testes da associação, que envolviam reprodução de vídeos e navegação na internet. Um aparelho da Acer, o E15, foi um dos piores casos. A marca prometia seis horas de uso com uma única carga, mas o produto conseguiu ficar somente duas horas e 56 minutos longe da tomada.

As fabricantes informaram ao Which? que o tempo de uso pode variar em cada tipo de uso e que utilizam padrões baseados no uso cotidiano comum para medir a duração da bateria dos notebooks.

No caso da Apple, vale uma ressalva: os colaboradores do site 9to5Mac disseram que não conseguem ter todo o tempo de uso relatado pela Which? em seus MacBooks Pro novos. O tempo de uso relatado por eles é entre cinco e sete horas. Um teste do respeitado Consumer Reports no fim do ano passado concluiu que o MacBook em questão oferecia uma grande inconsistência de autonomia de carga. Por conta disso, o instituto não poderia recomendá-lo aos consumidores -- essa foi a primeira vez que isso aconteceu com um notebook da Apple.

Porém, recentemente, a Apple liberou uma atualização de software que ajudou os MacBooks Pro 2016 a aproveitarem melhor a energia da bateria. É possível que a diferença dos testes exista por conta dessa melhoria.

Outro detalhe sobre os testes é que os notebooks da Samsung não foram avaliados pelo Which?.