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Telebras ainda não definiu localidades que receberão internet rápida

São Paulo – A Telebras ainda não definiu as localidades onde poderá oferecer o acesso à internet rápida, previsto no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O certo, até o momento, é que ele será oferecido diretamente ao consumidor dos municípios onde as atuais prestadoras não atendem a um “padrão de qualidade”, informou hoje (25) […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo – A Telebras ainda não definiu as localidades onde poderá oferecer o acesso à internet rápida, previsto no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O certo, até o momento, é que ele será oferecido diretamente ao consumidor dos municípios onde as atuais prestadoras não atendem a um “padrão de qualidade”, informou hoje (25) o presidente da Telebras, Rogério Santanna dos Santos. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entretanto, não definiu uma padronização de qualidade para o acesso à banda larga, que deverá ocorrer ainda este ano.

Santanna ressaltou, porém, que a chance da Telebras passar a oferecer sozinha a internet rápida ao consumidor final é remota. "A possibilidade da Telebras entrar é na situação extrema. Somente se não conseguir em momento nenhum achar sequer um parceiro local ou um franqueado que possa operar o serviço. Ou só em situações em que não se conseguiu articular absolutamente nenhuma situação com a iniciativa privada, que ela [Telebras] entrará", disse.

O presidente da empresa disse ainda que o papel da estatal está centrado na construção de uma infraestrutura alternativa para o acesso à banda larga, que atinja, principalmente, as regiões onde não há o serviço. Nos locais onde já exista uma rede, a intenção é reduzir os custos. Atualmente, 184 cidades possui o serviço de internet rápida oferecido por mais de uma prestadora. Em 2.035 cidades o acesso é fornecido apenas por uma empresa. Nas demais, não há acesso à banda larga.

"Hoje, o pacote médio de 256 kbps custa R$ 96. Nós [com o PNBL] vamos reduzir a um terço o preço e dobrar a velocidade disponível. É pouco, eu também acho, gostaria que fosse mais, mas é bastante razoável para um país que hoje não tem esse serviço [em todas localidades]", afirmou.

Sobre as críticas feitas à decisão do governo de reativar a Telebras, Santanna disse que seria mais viável o governo financiar as atuais prestadoras de serviço para a expansão da banda larga no país, mas que “o problema está na falta de concorrência”. “Se financiarmos os monopolistas, o problema continuaria. O papel é oferecer uma infraestrutura alternativa”, disse.

De acordo com o presidente da Telebras, o plano da empresa é que a internet banda larga chegue ao consumidor final a um preço de R$ 35, já incluídos todos os impostos. A velocidade será de 512 Kbps. Apesar da velocidade de conexão ser considerada baixa, Santanna justificou que é o primeiro passo para boa parte da população que nunca teve acesso à internet rápida.

"É preciso entender que a classe C não tem esse acesso. Não tem nenhum acesso. E aumentar a velocidade é muito mais barato. O difícil é fazer a infraestrutura. Se alguém quiser contratar velocidade mais alta, vai poder contratar, mas não vai pagar os RS 35. Não é um teto, é um piso", disse.

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