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Tecnologia afetará bancos como afetou gravadoras

Afirmação é do pesquisador Silvio Meira. Para ele, o setor financeiro pode ser tão impactado em suas receitas como foram as gravadoras no final dos anos 90

Silvio Meira prevê perda de receita para bancos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 21h18.

São Paulo - O pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, Silvio Meira, defendeu, em palestra na noite de ontem, que o setor financeiro pode ser tão impactado em suas receitas no futuro como foram as gravadoras no final dos anos 90.

De acordo com o acadêmico, muitas pesquisas indicam que o fácil acesso à música digital foi o elemento mais determinante para a queda nas vendas de CDs em todo o mundo. Em sua visão, a disseminação de ferramentas de pagamentos eletrônicos que não cobram taxas de clientes e lojistas poderá excluir os bancos de boa parte das transações feitas pelos consumidores. taxas nas operações, ao contrário do que ocorre com sistemas oferecidos por bancos e operadoras de cartão de crédito.

O Simple, diz Meira, tende a ser mais sedutor para o usuário pois, além de mais econômico, oferece características como controle de gastos e emite avisos quando o usuário extrapola suas metas individuais de economia.

Outro exemplo citado por Meira é o software Klarna, sistem que gera boletos digitais para pagamentos. O Klarna já tem 4 mil clientes e dispensa inteiramente bancos e cartões de débito ou crédito, além de não cobrar tarifa nas transações. Outro app citado por Meira foi o serviço Dwolla, que permite transações de até US$10 via Facebook, Twitter ou e-mail sem nenhuma cobrança adicional. Este serviço conta com 100 mil clientes.

Dados apresentados por Meira indicam que poucas economias já utilizam substancialmente estes tipos de serviço, mas na avaliação do especialista este cenário deve mudar nos próximos anos. Na opinião de Meira, um dos principais entraves para a adoção em massa destes serviços, é o temor de um roubo de identidade.


“É preciso que exista confiança nestes sistemas. Vale lembrar que, com todos estes produtos, o simples furto de um celular poderia caracterizar a perda momentânea da própria identidade”, analisa. O pesquisador afirma, no entanto, que é questão de tempo para que estes produtos fiquem mais robustos e ganhem a confiança dos consumidores.

Era da programabilidade - O especialista defendeu, ainda, a humanidade deverá viver nos próximos anos o que chamou de “era da programabilidade”. Segundo Meira, este será o momento em que todo cidadão fará softwares e eles substituirão quase inteiramente toda atividade humana padronizada – restando apenas a atividade intelectual criativa. Meira citou o ifttt.com como exemplo de site que já permite a criação de softwares básicos por leigos.

A palestra de Meira foi realizada por iniciativa da Serasa Experian, que aproveitou o evento para fazer demonstração de seu certificado digital. Igor Ramos Rocha, presidente da unidade de negócios de identidade digital da Serasa Experian, classificou o evento como a “primeira incursão significativa da empresa” para demonstrar seu alinhamento com inovações tecnológicas que protejam a identidade de seus clientes. Sistemas de reconhecimento de íris e voz estão entre as novidades que estão sendo estudadas pela Serasa Experian.

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São Paulo - O pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, Silvio Meira, defendeu, em palestra na noite de ontem, que o setor financeiro pode ser tão impactado em suas receitas no futuro como foram as gravadoras no final dos anos 90.

De acordo com o acadêmico, muitas pesquisas indicam que o fácil acesso à música digital foi o elemento mais determinante para a queda nas vendas de CDs em todo o mundo. Em sua visão, a disseminação de ferramentas de pagamentos eletrônicos que não cobram taxas de clientes e lojistas poderá excluir os bancos de boa parte das transações feitas pelos consumidores. taxas nas operações, ao contrário do que ocorre com sistemas oferecidos por bancos e operadoras de cartão de crédito.

O Simple, diz Meira, tende a ser mais sedutor para o usuário pois, além de mais econômico, oferece características como controle de gastos e emite avisos quando o usuário extrapola suas metas individuais de economia.

Outro exemplo citado por Meira é o software Klarna, sistem que gera boletos digitais para pagamentos. O Klarna já tem 4 mil clientes e dispensa inteiramente bancos e cartões de débito ou crédito, além de não cobrar tarifa nas transações. Outro app citado por Meira foi o serviço Dwolla, que permite transações de até US$10 via Facebook, Twitter ou e-mail sem nenhuma cobrança adicional. Este serviço conta com 100 mil clientes.

Dados apresentados por Meira indicam que poucas economias já utilizam substancialmente estes tipos de serviço, mas na avaliação do especialista este cenário deve mudar nos próximos anos. Na opinião de Meira, um dos principais entraves para a adoção em massa destes serviços, é o temor de um roubo de identidade.


“É preciso que exista confiança nestes sistemas. Vale lembrar que, com todos estes produtos, o simples furto de um celular poderia caracterizar a perda momentânea da própria identidade”, analisa. O pesquisador afirma, no entanto, que é questão de tempo para que estes produtos fiquem mais robustos e ganhem a confiança dos consumidores.

Era da programabilidade - O especialista defendeu, ainda, a humanidade deverá viver nos próximos anos o que chamou de “era da programabilidade”. Segundo Meira, este será o momento em que todo cidadão fará softwares e eles substituirão quase inteiramente toda atividade humana padronizada – restando apenas a atividade intelectual criativa. Meira citou o ifttt.com como exemplo de site que já permite a criação de softwares básicos por leigos.

A palestra de Meira foi realizada por iniciativa da Serasa Experian, que aproveitou o evento para fazer demonstração de seu certificado digital. Igor Ramos Rocha, presidente da unidade de negócios de identidade digital da Serasa Experian, classificou o evento como a “primeira incursão significativa da empresa” para demonstrar seu alinhamento com inovações tecnológicas que protejam a identidade de seus clientes. Sistemas de reconhecimento de íris e voz estão entre as novidades que estão sendo estudadas pela Serasa Experian.

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