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Tatuagem temporária transforma suor em energia

Uma nova tecnologia permitirá que os usuários possam recarregar os smartphones com ajuda do suor, uma energia renovável

Tatuagem temporária transforma suor em energia: enzima retira elétrons do lactato e gera corrente elétrica (Joe Wang/ACS)
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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 19h25.

São Paulo - No futuro, os exercícios físicos não serão bons apenas para a saúde. Uma nova tecnologia permitirá que os usuários possam recarregar os smartphones com ajuda do suor, uma energia renovável.

Um grupo de pesquisadores criou um tipo de tatuagem temporária capaz transformar o suor em energia.

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O estudo foi apresentado durante uma conferência da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), em San Francisco, nos Estados Unidos.

Segundo a ACS, o dispositivo detecta o lactato, componente natural do suor em seres humanos.

Quanto mais intenso for o exercício físico, maior será a quantidade de lactato que o corpo produz.

Durante uma atividade física intensa, o corpo precisa gerar mais energia por meio da glicólise, processo que produz o lactato.

O pesquisador Joseph Wang, da Universidade da Califórnia, em San Diego, e sua equipe criaram uma biobateria, um tipo de adesivo capaz de medir a quantidade de lactato no suor.

Além de detectar o composto orgânico, há uma enzima que retira elétrons do lactato e gera uma corrente elétrica.

Em testes, os pesquisadores mediram a quantidade de lactato no suor e a corrente elétrica produzida enquanto os voluntários se exercitavam em bicicletas ergométricas com intensidades variadas durante 30 minutos.

Tatuagem temporária Os resultados feitos em voluntários com a biobateria mostraram que pessoas que se exercitavam menos do que uma vez por semana produziram mais energia do que as que faziam atividades físicas de uma a três vezes por semana.

Quem fazia exercícios mais do que três vezes por semana produziu a menor quantidade de energia.

Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque os mais sedentários ficam cansados mais rápido. Isso faz com que a glicólise aconteça mais cedo no organismo, em um processo que libera mais lactato.

Cada voluntário gerou cerca de 70 microwatts por centímetro quadrado de pele. Mas os eletrodos da biobateria geraram cerca de 4 microwatts.

Os pesquisadores afirmam que o valor não é alto. Mas se a tecnologia for aprimorada será possível recarregar a bateria de alguns dispositivos, como relógios e smartphones.

Veja abaixo um vídeo da ACS sobre a tecnologia:

//www.youtube.com/embed/3_D7JOd07M8

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