Tablets terão 80% de matéria-prima brasileira, diz Mercadante
O ministro diz que os tablets fabricados no Brasil estreiam com 20% de componentes nacionais, mas a meta é chegar a 80% em três anos
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 13h37.
São Paulo -- O ministro da ciência e tecnologia, Aloizio Mercadante, esteve nesta segunda-feira, 11, em Goânia, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde destacou a necessidade de o Brasil concentrar esforços no mercado interno. Como exemplo, o ministro mencionou a desoneração tributária e o incentivo à produção nacional de tablets.
"Temos que entender que o nosso patrimônio é o mercado interno. Por isso, precisamos exigir mais processos produtivos básicos para incentivar a produção de bens com conteúdo brasileiro. Já fizemos isso com os tablets. No início acreditava-se que as empresas não se interessariam. Hoje, temos 14 empresas interessadas. Destas, nove já estão com seus processos aprovados. "Em setembro, teremos tablets com um percentual de 20% de matéria-prima do próprio País. A meta é atingir, em três anos, 80%", complementou.
Segundo Mercadante, o Brasil precisa dar um “salto quântico” na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação e se tornar uma economia mais competitiva em produtos de média e alta complexidade. O ministro calcula que, para cada tonelada de chip que o Brasil importe, seja preciso exportar 21 mil toneladas de minério de ferro ou 1,7 mil toneladas de soja.
Na avaliação de Mercadante, a falta de uma indústria sofisticada em eletrônica fez com que o País tivesse, no ano passado, um déficit comercial de US$ 19 bilhões. O Brasil é o sétimo mercado para tecnologia de informação e comunicação. Mercadante quer aproveitar o tamanho do mercado interno, que crescerá com a inclusão digital de escolas públicas e comunidades mais pobres, para incentivar a instalação da indústria de tablets em território nacional.
Pré-sal
O ministro também defendeu que os recursos dos royalties da exploração do petróleo no pré-sal sejam usados para financiar gastos públicos em educação, ciência e tecnologia. Em sua opinião, os royalties servirão para reposicionar o País no cenário mundial. Para ele, não aproveitar os recursos dessa forma seria "o maior erro histórico" do Brasil.
São Paulo -- O ministro da ciência e tecnologia, Aloizio Mercadante, esteve nesta segunda-feira, 11, em Goânia, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), onde destacou a necessidade de o Brasil concentrar esforços no mercado interno. Como exemplo, o ministro mencionou a desoneração tributária e o incentivo à produção nacional de tablets.
"Temos que entender que o nosso patrimônio é o mercado interno. Por isso, precisamos exigir mais processos produtivos básicos para incentivar a produção de bens com conteúdo brasileiro. Já fizemos isso com os tablets. No início acreditava-se que as empresas não se interessariam. Hoje, temos 14 empresas interessadas. Destas, nove já estão com seus processos aprovados. "Em setembro, teremos tablets com um percentual de 20% de matéria-prima do próprio País. A meta é atingir, em três anos, 80%", complementou.
Segundo Mercadante, o Brasil precisa dar um “salto quântico” na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação e se tornar uma economia mais competitiva em produtos de média e alta complexidade. O ministro calcula que, para cada tonelada de chip que o Brasil importe, seja preciso exportar 21 mil toneladas de minério de ferro ou 1,7 mil toneladas de soja.
Na avaliação de Mercadante, a falta de uma indústria sofisticada em eletrônica fez com que o País tivesse, no ano passado, um déficit comercial de US$ 19 bilhões. O Brasil é o sétimo mercado para tecnologia de informação e comunicação. Mercadante quer aproveitar o tamanho do mercado interno, que crescerá com a inclusão digital de escolas públicas e comunidades mais pobres, para incentivar a instalação da indústria de tablets em território nacional.
Pré-sal
O ministro também defendeu que os recursos dos royalties da exploração do petróleo no pré-sal sejam usados para financiar gastos públicos em educação, ciência e tecnologia. Em sua opinião, os royalties servirão para reposicionar o País no cenário mundial. Para ele, não aproveitar os recursos dessa forma seria "o maior erro histórico" do Brasil.