Tecnologia

Surfar? Para quê?

Os internautas começam a deixar de lado a busca e vão direto ao que interessa

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h28.

Os veteranos da web brasileira devem se lembrar do Yahi e do Surf. Todos conhecem também Cadê?, Yahoo!, Google e AltaVista. Desde o começo da internet comercial, os catálogos e sites de busca sempre foram um porto seguro para os surfistas, novatos ou experientes. Foram. Nos últimos tempos, eles têm perdido importância relativa. Vivem uma esquisita contradição. Quanto mais cresce a web, menos os usuários recorrem a eles. Não seria de se imaginar que acontecesse exatamente o contrário?

O fenômeno da queda de uso dos sites de busca foi registrado numa pesquisa do instituto americano WebSideStory em diversos países. De acordo com o levantamento, há um ano, 52% dos internautas chegavam a seu destino por meio de buscas, ou por um link em outro site. Hoje, esse número fica em 46%. Trata-se de uma tendência importante. Ela mostra que os internautas já sabem para onde querem ir. Eles estão navegando com objetivos claros e vêem cada dia menos graça em surfar pelo simples prazer de surfar. Essa mudança de hábitos força os sites a rever suas estratégias de conquista de audiência. Mas, o que fazer?

Promover a marca - Quanto mais forte for a sua marca, e mais simples a sua URL, maior a chance de um internauta digitá-la diretamente.

Fazer promoção cross media - Quem tem mídias offline pode também se valer desse espaço para divulgar o site. As empresas já se acostumaram a colocar a URL em folhetos e manuais. Pode-se avançar incluindo links para páginas específicas. Num catálogo de produtos, por exemplo, cada um pode ter a sua URL direta, como http://www.empresa.com.br/produto ou produto.empresa.com.br. Isso nos leva a uma outra questão: sites automatizados costumam ter URLs incompreensíveis. Evite isso criando endereços simplificados que funcionem como redirecionamento para a URL real.

Incentivar o uso do bookmark - O bookmark é um recurso subutilizado. Poucos sites têm em suas páginas um selo "Coloque esta página em seus Favoritos". Não custa nada lembrar o visitante de que ele tem essa possibilidade.

Usar corretamente o bookmark - Não basta convencer o internauta a colocar seu site na lista de Favoritos. É preciso que ele consiga encontrar seu site facilmente. E não é tarefa tão fácil. Normalmente, o texto que fica gravado nos Favoritos equivale ao que está escrito na tag
do HTML. O problema é que muitos webmasters utilizam mal esse campo, colocando nomes que não identificam claramente o site. O ideal é que o comece pelo nome do site, seguido de algo que explique o conteúdo da página a ser guardada. Por exemplo, "Site do João - Fotos de viagens". Detalhe: não convém passar de 64 caracteres no TITLE. Ah, sim, e como eu não perco a chance de falar mal dos frames, não custa lembrar. Quando a página é dividida em quadros, alguns browsers guardam nos Favoritos a página inicial, mesmo que o internauta queira marcar um endereço interno. Você não vai querer deixar seu visitante perdido, não é?

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