Jorge Guimarães: presidente da Embrapii fala sobre inovação (Flávio Moret/Site Exame)
Lucas Agrela
Publicado em 25 de julho de 2018 às 15h46.
São Paulo – Jorge Guimarães, presidente da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Telecomunicações e Inovações, afirmou que startups têm mais chances de dar certo com o apoio do órgão. A declaração foi dada durante o Café EXAME Tecnologia, que reuniu executivos de empresas para discutir o impacto das inovações disruptivas nas cadeias globais.
"Com uma grande diferença das startups, as nossas estão dentro da unidade de pesquisa, são mais de 100 pesquisadores e toda a nossa infraestrutura. A startup lá dentro tem muito mais chances de dar certo do que o jovem com o computador trabalhando em um coworking", disse Guimarães.
Criada em 2013, a Embrapii busca fomentar a inovação promovendo parcerias entre empresas e instituições de pesquisa públicas e privadas. Seu objetivo é agilizar o financiamento de projetos inovadores. São elegíveis iniciativas nos setores de tecnologia da informação, biotecnologia, materiais e química, tecnologias aplicadas e mecânica e manufatura.
O modelo prevê o compartilhamento de custos do projeto e a Embrapii entra com recursos não reembolsáveis. Não tem a abertura de edital e ajuda a agilizar processos burocráticos. De acordo com a Embrapii, um contrato leva, em média, dois meses para ser fechado.
Guimarães ressaltou o modelo flexível de financiamento de projetos como uma das razões de a Embrapii funcionar bem. Hoje, são mais de 500 projetos financiados. "A Vale fez uma demanda por uma tinta anticorrosão. O projeto custou 1,6 milhão de reais e a patente dele agora vale 1 bilhão de reais", disse Guimarães. A Embrapii tem mais de 100 registros de patentes.