Startup cria capas modulares para smartphone
O Project Ara estuda maneiras de criar o primeiro smartphone modular comercialmente viável do mercado
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2015 às 07h32.
O Project Ara, do Google , estuda maneiras de criar o primeiro smartphone modular comercialmente viável do mercado.
Enquanto isso, um projeto mais modesto quer aplicar esse mesmo conceito às capas dos celulares.
A ideia está na fase de arrecadação de fundos na plataforma de financiamento coletivo Kickstarter.
No Ara, a base do telefone é uma espécie de placa-mãe com espaços retangulares para que o usuário encaixe processador, tela, sensor biométrico etc. A startup Nexpaq usou a mesma ideia para as capas do telefone.
Um "esqueleto" funciona como estrutura do case, com espaço para seis acessórios modulares, como alto-falantes, lanterna, leitor de SD, termômetro e até um bafômetro. Atualmente, são 12 módulos diferentes disponiveis.
Segundo a Nexpaq, o grande atrativo da capinha modular é o fato de ela vir de fábrica com uma bateria de 1000mAh, acompanhada de um módulo que aumenta em 30% sua duração. Até agora, as capas são compatíveis com o iPhone 6, o Galaxy S6 Edge e o Galaxy S5. A fabricante promete que irá lançar modelos para outros aparelhos.
Ainda na fase beta, a Nexpaq cobra 89 dólares (260 reais) por uma capinha básica, com quatro módulos. A entrega, porém, ainda vai demorar: janeiro de 2016.
- 1. A união faz a força
1 /17(Divulgação/Facebook)
São Paulo – No início de março, a maior plataforma de financiamento coletivo na internet , o Kickstarter, bateu um bilhão de dólares em doações. Graças ao serviço, diversos projetos se tornaram realidade, de uma maneira que seria impossível antes. Entre eles, alguns produtos de tecnologia que mudaram o mercado ou ainda estão por aparecer. O Kickstarter mudou em parte a lógica do mercado. Não é mais preciso esperar por uma empresa criar algo, é possível juntar diversas pessoas e pagar para que algo interessante seja criado. Veja a seguir 15 produtos de tecnologia que nasceram (ou estão sendo criados) no Kickstarter.
2 /17(Divulgação)
O Pebble é responsável pela campanha mais bem sucedida do Kickstarter. Ele é um relógio inteligente que chegou ao mercado antes mesmo do que produtos de grandes empresas como a Samsung ou a Apple (que nos deixa esperando até hoje). O projeto inicial pedia por 100 mil dólares. No final, foram captados mais de 10 milhões de dólares. Ele já está em sua segunda versão e foi uma das atrações principais da CES, feira de tecnologia que aconteceu em janeiro, em Las Vegas.
3 /17(3Doodler/ WobbleWorks)
Apesar de a impressão 3D estar cada vez mais próxima da sala de casa, não é exatamente uma das ações mais simples. É preciso criar um molde e depois deixar a impressão acontecendo. Não para a 3Doodler. Ela é uma caneta capaz de desenhar em três dimensões. A tinta da caneta é uma espécie de plástico que vai construindo um desenho em 3D à medida que o usuário movimenta o gadget. A captação de dinheiro foi muito bem sucedida. Pedindo por 30 mil dólares, a empresa conseguiu receber 2,3 milhões. A 3Doodler está em pré-venda no site da fabricante por 99 dólares.
4 /17(Wikimedia Commons)
O Oculus Rift foi pensado para ser um dispositivo para games. Com ele, o jogador mergulharia em um universo virtual bem imersivo. Ele cria a visão de um ambiente totalmente construído. O projeto pedia 250 mil dólares em doações. No final das contas, mais de 2,4 milhões de dólares foram captados.
Ele já está sendo usado em projetos que vão além dos games. Recentemente, por exemplo, programadores recriaram o ambiente de Westeros, da série Game of Thrones. Com o Oculus Rift, era possível entrar no mundo ficcional.
5 /17(Divulgação)
O Cookoo Watch é um dos relógios inteligentes mais bacanas que existem. Ele nasceu graças a investimentos do Kickstarter. Ele combina um relógio analógico, com ponteiros, com informações digitais exibidas no fundo. Inicialmente ele era compatível apenas com iPhones e iPads. Recentemente, no entanto, a empresa deu suporte a smartphones com Android. O total de doações foi de 300 mil dólares – os criadores pediam 150 mil. Ele já é vendido na loja virtual da empresa por 129 dólares.
6 /17(Divulgação)
A RigidBot 3D Printer é uma impressora 3D bem mais barata do que as opções disponíveis no mercado. De acordo com os desenvolvedores ela é capaz de fazer o mesmo que concorrentes de peso, como a Replicator 2. A diferença é o preço. Enquanto a Replicator 2 sai por cerca de 2.200 dólares, a RigidBot 3D é vendida no site da fabricante por 499 dólares. O pedido de financiamento inicial foi de 31 mil dólares. O total arrecada foi de um milhão de dólares, quase 30 vezes o valor pedido.
7 /17(Divulgação)
O Smart Herb, da Click And Grow, é uma tecnologia para cultivo de plantas dentro de casa. A ideia veio de dois fatos. O primeiro foi um estudo da NASA sobre técnicas para plantação fora da atmosfera terrestre. O segundo foi a quantidade de plantas que morrem dentro de casa por falta de cuidados. A SmartHerb é uma pequena estação de plantio. É possível cultivar três diferentes espécies ao mesmo tempo. Não é preciso regar (o solo criado pela empresa dá todos os nutrientes) e nem se preocupar com a luz (um sistema de LEDs dá a luz necessária). A ideia pedia 75 mil dólares e arrecadou 625 mil. As estações estão à venda no site da empresa por 99 dólares.
8 /17(Divulgação)
O Chipolo é um aparelho bem útil. Não é surpresa que sua captação de dinheiro tenha sido tão bem sucedida. No início, a empresa pediu 15 mil dólares, mas conseguiram quase 300 mil dólares em doações. Com formato redondo, ele pode ser pendurado em chaveiros, deixado na bolsa ou até colocado na coleira de animais. Ele ajuda a encontrar esses objetos. Basta alguns toques na tela do smartphone para ver um mapa mostrando a localização do Chipolo (e, consequentemente, do que estiver junto). Cada um custa 24 euros, no site.
9 /17(Divulgação)
A LIFX Smart Light é uma luz inteligente. Conectada, ela pode ser regulada usando WiFi com um aplicativo para smartphone. Com ele, é possível mudar a intensidade e a cor da luz. De acordo com a LIFX, cada cor é apropriada para um momento. O azul, por exemplo, ajuda na concentração. O roxo, incentiva conversas. A ideia foi financiada por pessoas no Kickstarter no final de 2012. O pedido inicial era de 100 mil dólares. A LIFX recebeu 1,3 milhão de dólares para tornar o projeto realidade. Hoje, as lâmpadas são vendidas pela empresa por 99 dólares.
10 /17(Divulgação)
Outra opção de impressora 3D que pode virar verdade com o financiamento do Kickstarter foi a RoBo 3D Printer. Ela arrecadou quase 700 mil dólares para seu desenvolvimento. Os criadores prometeram que entregariam um produto mais barato do que as impressoras caras que estavam disponíveis no mercado. Hoje são vendidas duas opções no site da fabricante. Uma por 499 dólares e outra por 599 dólares.
11 /17(Divulgação)
O OUYA é um console de videogame. Ele quer brigar com grandes nomes como o Xbox, da Microsoft, e o PlayStation, da Sony, apostando em um aparelho mais barato. Sua concepção é em cima do sistema Android. A fabricante espera que qualquer desenvolvedor seja capaz de desenvolver games e que eles possam ser jogados de graça. O OUYA é o segundo projeto que mais captou dinheiro na história do Kickstarter – perde apenas para o Pebble. Depois de um pedido inicial de 950 mil dólares, ele captou 8,5 milhões de dólares. Ele ainda está à venda por 99 dólares.
12 /17(Divulgação)
Dentro do Kickstarter, o projeto começou sob o nome de Memoto. A Narrative, nome que tem hoje, é um aparelho pequeno do tamanho de uma caixa de fósforos que pode ser preso à roupa. A cada dois minutos, o dispositivo tira uma foto. Todas são armazenadas e podem ser consultadas usando o aplicativo do produto para smartphones. A empresa pediu um financiamento de 50 mil dólares para produzir as primeiras unidades da câmera. No total, foram doados mais de 500 mil dólares. Hoje, as câmeras são vendidas em três diferentes cores por 279 dólares no site da Narrative.
13 /17(Divulgação)
O MetaWatch é um relógio inteligente. Com ele, é possível puxar notificações do iPhone e mostrar a previsão do tempo. Também é possível controlar músicas sem ser preciso tirar o telefone do bolso. O MetaWatch nasceu dentro do Kickstarter com um modelo, o Strata. Hoje, a empresa já trabalha com dois diferentes modelos que podem ser comprados em seu site, a partir de 179 dólares. O financiamento total no Kickstarter foi de mais de 300 mil dólares. A meta inicial era de 100 mil dólares.
14 /17(Divulgação)
O Dash entra na categoria de computação vestível. Ele é um fone de ouvido inteligente. Ele pode se conectar ao smartphone via Blutooth e transmitir informações variadas como distância percorrida em um exercício e velocidade média. Ele também funciona como bloqueador de som, cancelando as frequências do ambiente ou ser totalmente “transparente”, permitindo que o som passe como se não houvesse nada no ouvido. O projeto ainda está captando financiamento, mas já bateu sua meta de 260 mil dólares com facilidade. No total, o Dash já arrecadou 2,8 milhões de dólares.
15 /17(Divulgação)
A FlyKly Smart Wheel é uma roda que transforma uma bicicleta comum em uma bicicleta inteligente. Ela é uma espécie de motor que faz com que a corrente da bicicleta se movimente. Com um aplicativo para smartphone, é possível controlar a velocidade máxima que a bicicleta irá atingir. O aplicativo também serve para travar a roda e evitar que ela seja roubada. Em caso de mudança de local enquanto travada, a FlyKly envia um alerta ao smartphone. Com o auxílio de um GPS embutido, ela revela a localização da bicicleta. A FlyKly pediu por um financiamento de 100 mil dólares. No total, 700 mil dólares foram doados. É possível comprar a roda em pré-venda pelo site da FlyKly, por 590 dólares.
16 /17(Divulgação)
O PonoPlayer é um tocador de música pensado pelo músico Neil Young. Ele afirma que as músicas que ouvimos hoje não são como os artistas pensaram nelas. Ele quer, com o projeto, criar um ecossistema parecido com o do iTunes. Músicas digitais sem qualquer compressão estarão disponíveis em uma loja. Será possível baixar as músicas e colocá-las no PonoPlayer. Em um dia, o projeto bateu a meta de arrecadação e ultrapassou a marca de um milhão de dólares. Ele ainda não está à venda e a doação ainda está acontecendo.
17 /17(Steve Bonini/Getty Images)