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Starlink consegue licença para operar em Israel e em partes da Faixa de Gaza

Permissão veio após a empresa concordar com uma série de medidas para evitar que o grupo terrorista Hamas tenha acesso aos seus serviços

A permissão veio após a empresa concordar com uma série de medidas para evitar que o grupo terrorista Hamas tenha acesso aos seus serviço (Pavlo Gonchar/SOPA Images/Getty Images)

A permissão veio após a empresa concordar com uma série de medidas para evitar que o grupo terrorista Hamas tenha acesso aos seus serviço (Pavlo Gonchar/SOPA Images/Getty Images)

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 07h48.

A Starlink, provedora de internet via satélite, obteve licença para operar em Israel e em partes da Faixa de Gaza. A informação foi confirmada pelo fundador Elon Musk na rede social X (antigo Twitter) na última quarta-feira, 14. 

A permissão veio após a empresa concordar com uma série de medidas para evitar que o grupo terrorista Hamas tenha acesso aos seus serviços. "É nossa esperança ajudar tanto o povo de Israel quanto, com todo o cuidado devido, civis inocentes em Gaza", escreveu Musk. "Em uma situação tão terrível, devemos nos esforçar por atos visíveis de bondade sempre que possível". 

O serviço estará disponível para uma lista de clientes aprovados, que incluem algumas autoridades em Israel e um hospital de campanha administrado pelos Emirados Árabes Unidos, no sul da Faixa de Gaza, de acordo com um comunicado do Ministério das Comunicações israelensa.

"Unidades na Faixa de Gaza para apoiar causas humanitárias serão aprovadas individualmente, somente após as forças de segurança israelenses confirmarem ser uma entidade autorizada sem preocupação de risco ou possibilidade de pôr em perigo a segurança nacional", disse o ministro das Comunicações israelense, Shlomo Karhi, no comunicado.

Os Emirados Árabes Unidos se associarão a organizações internacionais e regionais para introduzir o serviço em seu hospital de campanha em Gaza, disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país.

A guerra entre Israel e Hamas começou com ataques em 7 de outubro, com uma invasão ao sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e mantendo mais de 200 como reféns. Mais de 28.000 palestinos foram mortos na campanha terrestre e aérea de Israel em Gaza, de acordo com as autoridades de saúde do Hamas.

Não é a primeira vez que os serviços da Starlink são usados em zonas de conflito. Musk ativou o serviço de satélite na Ucrânia nos meses seguintes à invasão russa. Musk havia sugerido anteriormente que poderia abrir o serviço Starlink para grupos de ajuda em Gaza, mas recuou após enfrentar resposta de autoridades israelenses.

No entanto, Musk tem demonstrado interesse em ampliar sua relação com Israel nos últimos meses, visitando o país em novembro. O bilionário foi criticado por permitir que conteúdo antissemita circulasse livremente na sua rede social, X.

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