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Sony Ericsson precisa de força da Sony na guerra do Android

Se a empresa assumir controle da joint-venture com a Ericsson, ela poderá reforçar sua linha mais ampla de produtos, que incluem conteúdo, videogames e até mesmo tablets

A companhia deu um passo para competir com smartphones com games e lançou o modelo Xperia Play, que dá acesso a jogos do PlayStation (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 14h28.

Estocolmo/Helsinque - A Sony precisa afirmar seu controle sobre a Sony Ericsson caso deseje que a joint-venture de celulares recupere mercado e relevância no mundo dos aparelhos móveis, onde a concorrência é mortífera.

No ano passado, a joint-venture criada 10 anos atrás adotou a ambiciosa meta de capturar o mercado para a plataforma Google Android, o software mais popular do mundo para celulares inteligentes, a fim de conquistar retorno favorável em um mercado lucrativo e de rápido crescimento.

Mas para atingir essa meta, a Sony Ericsson precisa de um proprietário dinâmico, com fortes recursos de investimento e ativos multimídia. A marca está perdendo prestígio em comparação com a Apple, cujos iPhones e iPads conquistaram a admiração dos compradores.

Se a Sony assumir controle pleno da joint-venture com a sueca Ericsson poderá reforçar sua linha mais ampla de produtos, que incluem conteúdo, aparelhos de videogame, bens de consumo eletrônicos e até mesmo computadores tablet, mas ainda não oferece celulares inteligentes com a marca da empresa.

"A Sony não pareceu inclinada a esse tipo de ação até o momento, mas agora essa questão da linha completa está atraindo muita atenção, e a Sony pode estar considerando a Apple como exemplo e imaginando que precisa apresentar oferta semelhante", disse Carolina Milanesi, analista do Gartner Group.

A joint-venture igualitária entre Sony e Ericsson, formada em 2001, prosperou inicialmente com os celulares musicais Walkman e os celulares fotográficos Cybershot, ambos os quais aproveitavam outras marcas da Sony.

Mas a aliança terminou perdendo para rivais mais enxutas nos modelos mais baratos e sua fatia do mercado total de celulares caiu a apenas 3 por cento, ante 9 por cento em seu período de pico.

Agora a Sony Ericsson deposita suas esperanças em mudar o foco para celulares inteligentes, a parte do mercado de telefones móveis que cresce mais rápido, especialmente os aparelhos acionados pelo Android.


A companhia vem conseguindo algum progresso e apresentou lucro líquido de 90 milhões de euros (127 milhões de dólares) no ano passado, depois do prejuízo de 836 milhões de euros sofrido em 2009.

Para ter novos clientes, a Sony Ericsson precisa acessar o conteúdo popular da Sony. Isso inclui PlayStation, catálogo de músicas que inclui artistas como Justin Timberlake e Bob Dylan, e filmes e programas de TV como "Seinfeld".

A companhia deu passos nesta direção e lançou o modelo Xperia Play, que dá acesso a jogos do PlayStation.

Mas o aparelho veio tarde e com preço alto e está sendo minado pela própria Sony, que está lançando outros produtos que competem diretamente com ele.

A Sony recentemente lançou um computador tablet que executa o sistema Android, bem como um aparelho de jogos portátil com sua própria marca. A empresa também pretende licenciar o PlayStation para outros fabricantes de celulares.

"Ter todas as coisas sob um mesmo controle tornaria mais fácil para eles construir uma estratégia de rede", disse Nobuo Kurahashi, analista da Mizuo Investors Securities.

Mas não será fácil, com a Sony distraída com outras dores de cabeça. Esta semana, a companhia informou que vai ter um prejuízo líquido para o ano encerrado em março de 3,2 bilhões de dólares por causa dos efeitos do terremoto japonês de março.

"Dada a enormidade dos atuais desafios da Sony, uma busca pelo controle da Sony Ericsson parece improvável no curto prazo", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.

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Estocolmo/Helsinque - A Sony precisa afirmar seu controle sobre a Sony Ericsson caso deseje que a joint-venture de celulares recupere mercado e relevância no mundo dos aparelhos móveis, onde a concorrência é mortífera.

No ano passado, a joint-venture criada 10 anos atrás adotou a ambiciosa meta de capturar o mercado para a plataforma Google Android, o software mais popular do mundo para celulares inteligentes, a fim de conquistar retorno favorável em um mercado lucrativo e de rápido crescimento.

Mas para atingir essa meta, a Sony Ericsson precisa de um proprietário dinâmico, com fortes recursos de investimento e ativos multimídia. A marca está perdendo prestígio em comparação com a Apple, cujos iPhones e iPads conquistaram a admiração dos compradores.

Se a Sony assumir controle pleno da joint-venture com a sueca Ericsson poderá reforçar sua linha mais ampla de produtos, que incluem conteúdo, aparelhos de videogame, bens de consumo eletrônicos e até mesmo computadores tablet, mas ainda não oferece celulares inteligentes com a marca da empresa.

"A Sony não pareceu inclinada a esse tipo de ação até o momento, mas agora essa questão da linha completa está atraindo muita atenção, e a Sony pode estar considerando a Apple como exemplo e imaginando que precisa apresentar oferta semelhante", disse Carolina Milanesi, analista do Gartner Group.

A joint-venture igualitária entre Sony e Ericsson, formada em 2001, prosperou inicialmente com os celulares musicais Walkman e os celulares fotográficos Cybershot, ambos os quais aproveitavam outras marcas da Sony.

Mas a aliança terminou perdendo para rivais mais enxutas nos modelos mais baratos e sua fatia do mercado total de celulares caiu a apenas 3 por cento, ante 9 por cento em seu período de pico.

Agora a Sony Ericsson deposita suas esperanças em mudar o foco para celulares inteligentes, a parte do mercado de telefones móveis que cresce mais rápido, especialmente os aparelhos acionados pelo Android.


A companhia vem conseguindo algum progresso e apresentou lucro líquido de 90 milhões de euros (127 milhões de dólares) no ano passado, depois do prejuízo de 836 milhões de euros sofrido em 2009.

Para ter novos clientes, a Sony Ericsson precisa acessar o conteúdo popular da Sony. Isso inclui PlayStation, catálogo de músicas que inclui artistas como Justin Timberlake e Bob Dylan, e filmes e programas de TV como "Seinfeld".

A companhia deu passos nesta direção e lançou o modelo Xperia Play, que dá acesso a jogos do PlayStation.

Mas o aparelho veio tarde e com preço alto e está sendo minado pela própria Sony, que está lançando outros produtos que competem diretamente com ele.

A Sony recentemente lançou um computador tablet que executa o sistema Android, bem como um aparelho de jogos portátil com sua própria marca. A empresa também pretende licenciar o PlayStation para outros fabricantes de celulares.

"Ter todas as coisas sob um mesmo controle tornaria mais fácil para eles construir uma estratégia de rede", disse Nobuo Kurahashi, analista da Mizuo Investors Securities.

Mas não será fácil, com a Sony distraída com outras dores de cabeça. Esta semana, a companhia informou que vai ter um prejuízo líquido para o ano encerrado em março de 3,2 bilhões de dólares por causa dos efeitos do terremoto japonês de março.

"Dada a enormidade dos atuais desafios da Sony, uma busca pelo controle da Sony Ericsson parece improvável no curto prazo", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.

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