Smartphones, a nova ferramenta em prol do desejo de consumir
Com um desses dispositivos, internet e aplicativos, é muito fácil para alguém que está num estabelecimento comparar preços de objetos específicos
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 12h47.
Washington - Qualquer pessoa com um telefone celular inteligente agora pode se converter em um comprador on-line expert nesse período festivo nos Estados Unidos.
Com um desses dispositivos, internet e aplicativos, é muito fácil para alguém que está num estabelecimento comparar preços de objetos específicos e decidir se é melhor comprar on-line ou na loja.
Esta nova tendência é conhecida como "showrooming", uma prática temida pelos vendedores tradicionais, e está crescendo com a propagação de tablets e smartphones .
Uma pesquisa da consultora IDC indica que 48 milhões dos compradores, ou quase 20% da população adulta dos Estados Unidos, se utilizarão dessa prática durante a temporada festiva que se aproxima, 134% a mais que no ano passado.
O IDC prevê que este novo método influenciará de alguma maneira até 1,7 bilhão de dólares em compras no varejo.
Os objetos de alto valor serão sem dúvida os mais afetados pelo "showrooming", de acordo com o IDC, especialmente aparelhos eletrônicos. Mas o estudo mostro que as pessoas também comparam preços para roupas e sapatos e usam os smartphones para ler opiniões de outros compradores sobre os produtos que querem adquirir.
Vários aplicativos para telefones celulares, como o Price Checker (comparador de preços) da Amazon ou a TBI Black Friday, facilitam a vida do consumidor ao mesmo tempo que apresentam um desafio para os comerciantes.
"O verdadeiro pesadelo para os varejistas é o aplicativo (de smartphone) independente de comparação de preços", afirma Greg Girard, analista do IDC.
Girard afirma que alguns consumidores que buscam a melhor oferta pedem aos varejistas que igualem os preços nas lojas com os vistos nos aplicativos telefônicos.
Outros insistem que o impacto da prática de comparar preços ainda não é claro.
A diretora de investigação da empresa Yankee Group, Sheryl Kingstone, afirma que para as compras eletrônicas mais caras, como de televisores, 73% dos compradores preferem ir à loja do que comprar pela internet.
"Contudo, o uso de smartphones nas lojas ainda é uma força prejudicial e não deve ser ignorada", completou. "41% dos proprietários de telefones inteligentes usam-os para comparar preços".
Aproximadamente metade dos adultos americanos contam com um desses dispositivos e um terço dispõe de tablets, de acordo com companhias especializadas em indicadores do mercado.
Um estudo da empresa de investigação Edgell Knowledge Network com o Ebay descobriu que 80% dos varejistas serão impactados por este novo método de compra, o que deve representar, em média, uma perda de 5% em vendas.
Contudo, os comerciantes de lojas físicas estão devolvendo o golpe.
Wal-Mart, por exemplo, lançou seu próprio aplicativo móvel que permite aos consumidores conectarem-se à sua rede e comprar objetos que não estão disponíveis na loja. A companhia afirma que 12% das compras usando celulares vêm de clientes que estão nas lojas físicas.
"Estamos seguros de nossos produtos e preços, e acreditamos que na realidade o showrooming é algo bom", disse o porta-voz do Wal-Mart, Ravi Jariwala.
"Nossos gerentes de loja têm a autonomia de fazer o que for preciso para satisfazer os clientes na loja, incluindo permitir que vejam uma seleção expandida (do que podem encontrar em) walmart.com", completou.
Outras lojas, como Target e o gigante de produtos eletrônicos Best Buy, também convidam os "showroomers" a comparar preços.
A Macy's reservaram suas melhores ofertas de "Black Friday" (sexta-feira negra), o grande dia de compras que segue o feriado de Ação de Graças, para os consumidores que usarem o aplicativo da própria loja.
Greg Girard disse que as lojas mais experientes podem lucrar com os compradores via smartphones se usarem bem a tecnologia.
"Se o consumidor usar o aplicativo do smartphone e em seguida se registar na rede wifi do estabelecimento, este contará com os dados do cliente e seus hábitos de compra e pode ser capaz de identificar a promoção adequada para esta pessoa", explicou Girard.
Uma pesquisa da consultora GroupM Next percebeu que os clientes tinham mais chances de fazer uma compra se interagirem com um vendedor físico e que alguns compram mesmo se o preço for mais baixo em outro lugar.
"Se a loja física puder manter os preços em 5% dos preços online, quase metade dos showroomers preferirão realizar a compra na loja", explicou o grupo.
Girard acredita que alguns estabelecimentos podem se beneficiar com a transição.
"As pessoas gostam de comprar na loja", disse. "E as lojas que possuem bons produtos e vendedores confiáveis estão bem preparadas para lidar com o comprador que faz showrooming".
Girard acredita que a tendência de showrooming poderá ajudar a separar os bons comerciantes dos medícores.
"O showrooming aumenta o risco de não ser um bom comércio", concluiu.
Washington - Qualquer pessoa com um telefone celular inteligente agora pode se converter em um comprador on-line expert nesse período festivo nos Estados Unidos.
Com um desses dispositivos, internet e aplicativos, é muito fácil para alguém que está num estabelecimento comparar preços de objetos específicos e decidir se é melhor comprar on-line ou na loja.
Esta nova tendência é conhecida como "showrooming", uma prática temida pelos vendedores tradicionais, e está crescendo com a propagação de tablets e smartphones .
Uma pesquisa da consultora IDC indica que 48 milhões dos compradores, ou quase 20% da população adulta dos Estados Unidos, se utilizarão dessa prática durante a temporada festiva que se aproxima, 134% a mais que no ano passado.
O IDC prevê que este novo método influenciará de alguma maneira até 1,7 bilhão de dólares em compras no varejo.
Os objetos de alto valor serão sem dúvida os mais afetados pelo "showrooming", de acordo com o IDC, especialmente aparelhos eletrônicos. Mas o estudo mostro que as pessoas também comparam preços para roupas e sapatos e usam os smartphones para ler opiniões de outros compradores sobre os produtos que querem adquirir.
Vários aplicativos para telefones celulares, como o Price Checker (comparador de preços) da Amazon ou a TBI Black Friday, facilitam a vida do consumidor ao mesmo tempo que apresentam um desafio para os comerciantes.
"O verdadeiro pesadelo para os varejistas é o aplicativo (de smartphone) independente de comparação de preços", afirma Greg Girard, analista do IDC.
Girard afirma que alguns consumidores que buscam a melhor oferta pedem aos varejistas que igualem os preços nas lojas com os vistos nos aplicativos telefônicos.
Outros insistem que o impacto da prática de comparar preços ainda não é claro.
A diretora de investigação da empresa Yankee Group, Sheryl Kingstone, afirma que para as compras eletrônicas mais caras, como de televisores, 73% dos compradores preferem ir à loja do que comprar pela internet.
"Contudo, o uso de smartphones nas lojas ainda é uma força prejudicial e não deve ser ignorada", completou. "41% dos proprietários de telefones inteligentes usam-os para comparar preços".
Aproximadamente metade dos adultos americanos contam com um desses dispositivos e um terço dispõe de tablets, de acordo com companhias especializadas em indicadores do mercado.
Um estudo da empresa de investigação Edgell Knowledge Network com o Ebay descobriu que 80% dos varejistas serão impactados por este novo método de compra, o que deve representar, em média, uma perda de 5% em vendas.
Contudo, os comerciantes de lojas físicas estão devolvendo o golpe.
Wal-Mart, por exemplo, lançou seu próprio aplicativo móvel que permite aos consumidores conectarem-se à sua rede e comprar objetos que não estão disponíveis na loja. A companhia afirma que 12% das compras usando celulares vêm de clientes que estão nas lojas físicas.
"Estamos seguros de nossos produtos e preços, e acreditamos que na realidade o showrooming é algo bom", disse o porta-voz do Wal-Mart, Ravi Jariwala.
"Nossos gerentes de loja têm a autonomia de fazer o que for preciso para satisfazer os clientes na loja, incluindo permitir que vejam uma seleção expandida (do que podem encontrar em) walmart.com", completou.
Outras lojas, como Target e o gigante de produtos eletrônicos Best Buy, também convidam os "showroomers" a comparar preços.
A Macy's reservaram suas melhores ofertas de "Black Friday" (sexta-feira negra), o grande dia de compras que segue o feriado de Ação de Graças, para os consumidores que usarem o aplicativo da própria loja.
Greg Girard disse que as lojas mais experientes podem lucrar com os compradores via smartphones se usarem bem a tecnologia.
"Se o consumidor usar o aplicativo do smartphone e em seguida se registar na rede wifi do estabelecimento, este contará com os dados do cliente e seus hábitos de compra e pode ser capaz de identificar a promoção adequada para esta pessoa", explicou Girard.
Uma pesquisa da consultora GroupM Next percebeu que os clientes tinham mais chances de fazer uma compra se interagirem com um vendedor físico e que alguns compram mesmo se o preço for mais baixo em outro lugar.
"Se a loja física puder manter os preços em 5% dos preços online, quase metade dos showroomers preferirão realizar a compra na loja", explicou o grupo.
Girard acredita que alguns estabelecimentos podem se beneficiar com a transição.
"As pessoas gostam de comprar na loja", disse. "E as lojas que possuem bons produtos e vendedores confiáveis estão bem preparadas para lidar com o comprador que faz showrooming".
Girard acredita que a tendência de showrooming poderá ajudar a separar os bons comerciantes dos medícores.
"O showrooming aumenta o risco de não ser um bom comércio", concluiu.