Tecnologia

Smartphone se consolida como meio preferido de acesso à internet

O uso da internet para comprar algum produto ou serviço foi a finalidade que mais cresceu entre 2015 e 2016 entre os internautas

Internet: depois do smartphone, o computador foi o equipamento mais utilizado para acessar a internet, com 27% (Thinkstock/Reprodução)

Internet: depois do smartphone, o computador foi o equipamento mais utilizado para acessar a internet, com 27% (Thinkstock/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 19h12.

Pesquisa nacional sobre os hábitos de utilização da internet no Brasil, feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos, mostra que o smartphone se consolidou como principal meio para acessar a internet no país, utilizado por 69% dos internautas em 2016.

O total é 11 pontos percentuais maior que o registrado em 2015. Depois do smartphone, o computador foi o equipamento mais utilizado para acessar a internet, com 27%.

"[O ano de] 2015 foi o primeiro em que a gente teve um descolamento, com o smartphone passando o computador. E agora, de 2015 para 2016, mais ainda. O smartphone não só avança mas, de modo geral, ele também tira espaço do computador, que está virando cada vez mais compacto", disse o gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.

A sondagem foi realizada em setembro do ano passado, em 72 municípios, entre eles oito capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador e Recife). O resultado foi divulgado hoje (1º) no Rio de Janeiro.

Em 2016, 66% dos entrevistados, sete em cada dez, disseram ter acesso à internet. Em 2015, esse percentual era de 60%.

Entre os que utilizam a rede, 88% o fazem em conexão própria. Em seguida, estão o que utilizam a rede de amigos ou parentes, com 6%; e a rede da empresa onde trabalham (4%).

A rede pública gratuita ou paga foi citada por 1% dos entrevistados, cada.

As redes sociais motivaram o acesso de 91% dos usuários da internet. A busca por informações diversas (45%), checagem de e-mail (30%), ouvir ou baixar músicas (25%) e baixar vídeos (23%) também foram citadas pelos internautas.

Compras

Já o uso da internet para comprar algum produto ou serviço foi a finalidade que mais cresceu entre 2015 e 2016 entre os internautas, passando de 8% para 14%.

Em 2014, a parcela de brasileiros que fazia compras online era de apenas 3%. "A evolução positiva tem a ver com essa migração, cada vez mais no dia a dia, das famílias para a internet e mesmo até com uma maior confiança do brasileiro com esse tipo de consumo", analisou Travassos.

Entre os que disseram ser usuários da internet, 86% acessam a rede pelo menos uma vez por dia. O tempo médio é de uma hora e 24 minutos, 38% a mais que em 2015.

A pesquisa constatou também que em 2016 todas as regiões apresentaram índices altos de conectividade, lideradas pelo Sul, que tem a maior parcela de usuários com acesso à internet (82%). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (70%); Norte (69%); Centro-Oeste (59%) e Nordeste (51%).

Perfil

O percentual dos que disseram acessar a internet é o mesmo entre homens e mulheres, de 66%, de acordo com o levantamento.

Em relação à escolaridade, entre os que têm nível superior, 91% disseram ser usuários da rede, percentual que cai para 19% entre os entrevistados sem instrução formal.

Por renda, entre as classes A e B, o acesso à internet é de 87%. Na classe C, o percentual dos que têm acesso à internet atinge 69%, baixando para 28% nas classes D e E.

"Quanto menor o poder aquisitivo, menor o uso de internet", destacou Travassos.

No que diz respeito à faixa etária, a pesquisa deixa claro que os mais jovens, entre 16 a 24 anos (89%) e entre 25 a 34 anos (84%), usam mais a internet, em termos relativos, "o que não significa que as demais faixas não acessem", destacou o economista.

Offline

Entre os brasileiros que disseram não utilizar a internet, 38% alegaram como razão a falta de interesse; 29% disseram não saber utilizar equipamentos de acesso ou a própria rede; 17% não tiveram acesso à internet; e 15% afirmaram não ter equipamento para isso.

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