(Lucas Agrela/Site Exame)
Lucas Agrela
Publicado em 24 de junho de 2018 às 05h55.
Última atualização em 24 de junho de 2018 às 05h55.
São Paulo -- Desde o lançamento do primeiro integrante da linha Moto Z, no segundo semestre de 2016, a Motorola foi de 5 para 25% de participação de mercado no segmento de smartphones premium no Brasil. Os aparelhos que puxaram esse crescimento foram o Moto Z Play e o Moto Z2 Play, ambos com um diferencial ainda almejado por muitos rivais: baterias de longa duração.
Os celulares integram uma categoria que a GfK chama de premium, que abrange os preços entre 1.600 a 2.500 reais. “A maior parte das nossas vendas nesse segmento fica perto dos 2 mil reais”, afirmou José Cardoso, gerente geral da Motorola para o Brasil, em entrevista a EXAME.
A primeira geração do Moto Z Play parou de ser fabricada com o lançamento do seu sucessor no segundo semestre do ano passado. Recentemente, o Moto Z3 Play chegou ao mercado prometendo duração de bateria para 24 horas de uso ou 38 horas se o usuário também tiver um acessório da linha Moto Snaps que dá TV digital ao produto. Ela vem com uma bateria adicional acoplada ao módulo que se encaixa ao design do celular e é vendida por 450 reais.
Na virada da primeira para a segunda geração do Moto Z Play, a companhia diminuiu a capacidade da bateria de 3.510 mAh para 3.000 mAh e manteve essa redução na sua terceira geração. Renato Arradi, gerente sênior de produtos da Motorola conta que há um motivo para isso. “A tecnologia dos processadores mais novos faz com que os smartphones tenham a mesma performance do primeiro aparelho da linha, ainda que eles tenham baterias menores”, declarou, em entrevista. Nos reviews de EXAME em 2017, nenhum rival da Apple, Alcatel, LG, Samsung, Sony ou Asus venceu o Moto Z2 Play em termos de duração de bateria.
A Motorola ainda mantém sua aposta nas linhas Moto G e Moto E para vendas em termos de volume e lucratividade. Para crescer, a marca trocou de CEO e deu ao brasileiro Sérgio Buniac a missão de tornar a empresa mais lucrativa. A mudança de paradigma deste ano será adotar a mesma estratégia de vendas focadas no segmento intermediário usada no Brasil em outros mercados da União Europeia. Nesse contexto, os Moto Zs Play serão os carros-chefes do segmento premium, que representa cerca de 15% do mercado no Brasil--o intermediário representa cerca de 65%, e os Moto Gs serão os líderes da categoria.
Uma das principais mudanças de design do Moto Z3 Play pode passar despercebida por quem tem fones de ouvido Bluetooth, mas o conector P2 não faz mais parte do aparelho. Seguindo uma tendência global, fortemente puxada pela Apple no iPhone 7, a fabricante tirou o recurso do smartphone, como já havia feito com o primeiro Moto Z topo de linha.
“O fone de ouvido sumiu do produto por uma questão de espaço. Aumentar a espessura do produto não era uma decisão que fazia sentido. Atendemos a uma demanda dos usuários da segunda geração do Moto Z Play, as pessoas queriam um smartphone um pouco mais fino”, afirmou Arradi.
A Motorola reafirmou seu compromisso de manter a compatibilidade dos Moto Snaps por três gerações. Com isso, o Moto Z3 Play tem suporte a todos os acessórios lançados desde 2016 e será compatível com os que forem lançados ao longo do próximo ano.