Tecnologia

Site que realizou mais de 4 milhões de ciberataques é fechado

A operação conjunta entre vários países conseguiu bloquear o domínio do site que permitia aos usuários comprar ataques a outras páginas

Webstresser: a polícia holandesa afirmou que o site foi utilizado ano passado em ataques a bancos (Reprodução/Reprodução)

Webstresser: a polícia holandesa afirmou que o site foi utilizado ano passado em ataques a bancos (Reprodução/Reprodução)

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EFE

Publicado em 25 de abril de 2018 às 12h13.

Londres - O site Webstresser, conhecido por ter realizado mais de 4 milhões de ciberataques ao redor do mundo, foi fechado graças a uma investigação internacional, informou nesta quarta-feira a Agência Nacional contra o Crime do Reino Unido (NCA).

A operação, liderada pela organização britânica e a polícia holandesa, conseguiu bloquear o domínio Webstresser.org, que permitia aos usuários comprar ataques a outras páginas, entre elas de algumas escolas e bancos.

Autoridades da Holanda, Sérvia, Croácia e Canadá, com o apoio da polícia da Escócia e da Europol puseram o foco em 24 de abril sobre seis membros deste grupo criminoso.

A polícia holandesa, com a assistência da Alemanha e dos Estados Unidos, interveio nos servidores da página, que foi utilizada no ano passado para atacar grandes bancos britânicos, o que causou numerosas perdas econômicas e danos.

No site, este domínio aparecia como uma oferta para que as empresas "testassem a segurança perante ataques informáticos", e os investigadores apontaram que o grupo vendia o serviço por cerca de 13 euros.

Na prática, estes ataques, denominados DDOS, se baseiam em sobrecarregar uma página ao dirigir um alto volume de tráfego de dados para ela, provocando que fique fora do ar.

Entre os alvos deste tipo de ataques destaca-se a espionagem industrial, ao mesmo tempo que, para sua solução, é requerido uma grande quantidade de esforço e de dinheiro.

Jo Goodall, investigador da NCA, afirmou que o crime eletrônico é uma "ameaça que cruza fronteiras" e que a resposta deve se basear na colaboração internacional.

"Estas detenções mostram que a internet não dá uma identidade anônima à prova de balas", apontou.

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