Selfie, hashtag e big data agora fazem parte do dicionário
Dicionário americano Merriam-Webster anuncia incorporação dos termos selfie, hashtag e big data após atualização que envolveu participação de 30 editores
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2014 às 11h17.
São Paulo - Difundidos nainternet, termos como selfie, hashtag ebig dataagora fazem parte do dicionário americano Merriam-Webster. A novidade foi anunciada ontem.
"Termos comocrowdfunding, gamification e big data mostram que a internet mudou o mundo dos negócios de forma profunda", afirmou o editor da publicação Peter Sokolowski em texto sobre a iniciativa.
Cerca de 30 editores contribuíram com sugestões para a 11ª atualização do Merriam-Webster. Nela, 150 novos termos foram incorporados ao dicionário.
A seguir, veja algumas das palavras da área detecnologiaque passaram a fazer parte da publicação.
Termos
Big Data: uma acumulação de dados que é muito grande e complexa para ser processada pelos tradicionais métodos de análise.
Crowdfunding: a prática de solicitar contribuições financeiras de um grande número de pessoas, especialmente na comunidade online.
Gamification: o processo de incorporar jogos ou elementos de jogos a algo (como uma tarefa) com a finalidade de encorajar a participação.
Hashtag: símbolo tradicionalmente usado no Twitter agora está registrado no dicionário (Reprodução/Mashable)
Hashtag: uma palavra ou frase precedida do símbolo # que classifica ou categoriza o texto que acompanha (como um tuíte).
Selfie: uma imagem de alguém tirada por ele mesmo usando uma câmera digital criada especialmente para ser postada em redes sociais.
Selfie
Febre na internet nos últimos meses, selfie já havia sido escolhida a palavra do ano pelo dicionário Oxford em 2013.
Em março, um levantamento realizado pela Time apontou Carapicuíba, na Grande São Paulo, como a cidade brasileira onde mais se tira selfie.
1. Grandes ideias
1 /31(ALEXANDRE BATTIBUGLI)
São Paulo - Obig dataé uma das mais promissorastendênciasdatecnologia. Basicamente, ele consiste na coleta e análise de um grande volume de dados variados em alta velocidade. DaIBMaoMcDonald's, várias empresas já estão usando a novidade para atingir seus objetivos. Veja agora algumas iniciativas deste tipo.
2. Combater o câncer
2 /31(US National Cancer Institute)
Em parceria com um consórcio da área de saúde, a IBM está usando seu supercomputador Watson para escanear mutações genéticas e descobrir o melhor tratamento para cada tipo de câncer.
3. Medir inflação
3 /31(Arquivo)
Em São Francisco,a startup Premise paga 700 colaboradores que tiram fotos do preço e disponibilidade de alguns produtos nas prateleiras de 25 cidades na Ásia, América Latina (incluindo o Brasil) e Estados Unidos. Reunidos, os dados são usados para medir inflação.
4. Encontrar namorados
4 /31(Reprodução/Youtube/Schwarzkopf)
O OkCupid e outros sites de encontro já usam big data para identificar entre seus usuários cadastrados quais são aqueles que tem a maior chance de formar casais com potencial de dar certo.
5. Acabar com engarrafamentos
5 /31(Yasuyoshi Chiba/AFP)
A Prefeitura de Dublin fez um acordo com IBM e usou câmeras e GPS para monitorar trânsito da cidade a fim de evitar congestionamentos e a lotação de transportes públicos.
6. Analisar clima
6 /31(Getty Images)
Sensores em Birmingham medem índices que, enviados às centrais de meteorologia, ajudam na previsão do tempo.
7. Rastrear o lixo
7 /31(Rogério Montenegro)
O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em inglês) convidou 500 moradores de Seattle a etiquetarem o lixo para estudo de logística que visava melhorar o fluxo dos detritos pela cidade.
8. Evitar suicídios
8 /31(Flickr//jasonahowie/CC)
O Durkheim é um projeto que acompanha redes sociais para detectar palavras e frases que caracterizem o autor como um potencial suicida.
9. Substituir currículos
9 /31(Flicker/Creative Commons/ italian voice/ filtro)
A Votorantim e outras empresas já estão substituindo a velha análise de currículos pela coleta e observação de dados publicados pelos candidatos sobre si em redes sociais e outros espaços da internet.
10. Detectar infartos
10 /31(Luke Walker / Stock Xchng)
Pesquisadores do MIT, da Universidade de Michigan, do Hospital Brigham de Boston e da Escola de Medicina da Harvard desenvolveram uma ferramenta que coleta e analisa dados para determinar com mais precisão a possibilidade de ataques cardíacos e até risco de morte em pacientes que já sofrem do coração.
11. Estipular preços
11 /31(Scott Eells/Bloomberg)
Nos EUA, sites como o Netflix, lojas, empresas aéreas já usam big data para estipular variações no preço dos produtos e serviços que oferecem
12. Desenvolver vacinas
12 /31(George Frey/Getty Images/Getty Images)
A Merck usa big data para colher dados que, reunidos e analisados, são usados para identificar padrões que ajudam no desenvolvimento de vacinas pela empresa.
13. Localizar startups
13 /31(Getty Images)
A Mattermark desenvolveu em parceria com a Bloomberg um mecanismo que usa o big data para prever quem está mais propenso a abrir uma pequena empresa num grupo de 1,5 milhão de pessoas que vive nas proximidades de Nova York.
14. Achar panes
14 /31(Divulgação)
Em parceria com a fabricante de equipamentos de mineração Thiess, a IBM desenvolveu um modelo que consegue prever quando as máquinas vão dar pane - o que permite que as empresas se adiantem e economizem em gastos com reparo.
15. Superar a dengue
15 /31(James Gathany/Wikimedia Commons)
A IBM desenvolveu um modelo que articula dados como chuvas, temperatura e acidez do solo para prever surtos de dengue e malária.
16. Entender o consumidor
16 /31(Getty Images)
Hoje, grandes redes como o Walmart usam dados recolhidos por sensores, redes sociais e outras fontes para entender tentar melhor como se comporta o consumidor e assim, atendê-lo melhor.
17. Eleger candidatos
17 /31(JEWEL SAMAD/AFP)
Nas eleições de 2012, Barack Obama recolheu por 18 meses dados sobre seus eleitores na internet. Isso permitiu uma melhor compreensão dos interesses e preocupações do eleitorado e, provavelmente, o ajudou a ser reeleito presidente dos EUA.
18. Ver jogos de basquete
18 /31(Jamie McDonald/Getty Images)
Nos EUA, a NBA fez um acordo com a SAP e a Stats LLC para oferecer aos telespectadores de jogos de basquete estatistícas detelhadas dos times e jogadores do esporte.
19. Oferecer filmes
19 /31(Divulgação)
Hoje, o Netflix já usa dados de big data para indicar filmes para os usuários do site de acordo com suas preferências.
20. Promover Lady Gaga
20 /31(Getty Images)
Troy Carter, empresário da cantora Lady Gaga, é um apaixonado por big data. Não por acaso, a cantora conta com uma rede social própria para seus fãs criada por ele: littlemonsters.com. Um dos objetivos do site é identificar e atender as preferências dos fãs da cantora.
21. Gerir cidade
21 /31(Wikimedia/Mario Roberto Duran Ortiz)
No Rio de Janeiro, o Centro de Operações reúne dados recolhidos por câmeras e outros suportes afim de mapear a cidade e apontar locais com problemas - que são repassados a 30 órgãos públicos que podem solucioná-los.
22. Fornecer iogurte
22 /31(EXAME)
A Danone vem usando modelos da IBM baseados em big data para organizar da melhor maneira o fornecimento de seus produtos nos EUA.
23. Vencer prêmios
23 /31(AFP)
Em 2011, ficou famoso o desafio no qual o supercomputador da IBM Watson venceu o Jeopardy, jogo de perguntas e respostas da TV americana. Quando foi construído, o Watson exigiu 10 gabinetes - o que dá uma ideia de sua capacidade de processar dados.
24. Poupar tempo
24 /31(Chris Hondros/Getty Images)
Nos EUA, o uso de dados de big data pela rede de lojas Macy's permitiu que caísse de 27h para 1h o tempo necessário para rever o preço dos produtos à venda na cadeia.
25. Ganhar dinheiro
25 /31(Davis Turner/Getty Images)
Por meio do programa BankAmeriDeals, Bank of America devolve a seus clientes parte do dinheiro gasto em compras feitas com cartões de crédito e débito do banco. A vantagem é oferecida pelo banco de acordo com a análise de dados de compras passadas de seus clientes.
26. Vender lanches
26 /31(GettyImages)
O McDonald's usa big data para aprimorar seu atendimento no drive-thru, contabilizando e relacionando informações ligadas a este tipo de serviço para torná-lo mais eficiente.
27. Atender melhor
27 /31(REUTERS/Andrew Winning)
O Bank of America registrou um ganho de produtividade e economizou cerca 15 milhões de dólares após descobrir que funcionários que conversavam mais atendiam mais rapidamente (e assim, deixá-los conversar).
28. Evitar fraudes
28 /31(Daniel Acker/Bloomberg)
Em parceria com a Accenture, uma grande operadora de celular brasileira (que a Accenture não conta qual é por razões contratuais) desenvolveu um sistema baseado em big data voltado para a indústria financeira. Ao informar dados relativos à localização de smartphones, a novidade pretende inibir as fraudes nas compras com cartão.
29. Espionar pessoas
29 /31(Bobby Yip/Reuters)
Em 2013, Edward Snowden revelou a existência na NSA do X-Keyscore, que captura todo o conteúdo que trafega na conexão interceptada para, depois, analisá-lo e extrair os dados desejados. Só em 2012, agências federais dos EUA gastaram 5 bilhões de dólares com pesquisas em big data - o investimento deve chegar a 8 bilhões de dólares em 2017.
30. Estudar o universo
30 /31(NASA/AFP)
O centro de dados do CERN, laboratório suíço que estuda a origem do universo e outros temas, conta com 65 mil processadores que analisam 30 petabytes de dados por ano. É big data ou não é?
31. Agora, conheça locais onde o big data já está a serviço das pessoas