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Samsung NX11

Mesmo com o corpo compacto, a NX11 oferece qualidade de imagem similar à de uma semiprofissional do tipo reflex. O segredo está na presença de um sensor de grandes dimensões e no uso de lentes intercambiáveis. O modelo tem boa ergonomia, mas pode não se encaixar bem em mãos grandes. A lente que a acompanha […]

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 03h13.

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Mesmo com o corpo compacto, a NX11 oferece qualidade de imagem similar à de uma semiprofissional do tipo reflex. O segredo está na presença de um sensor de grandes dimensões e no uso de lentes intercambiáveis. O modelo tem boa ergonomia, mas pode não se encaixar bem em mãos grandes. A lente que a acompanha tem o botão iFn, que facilita a operação. Basta pressioná-lo para regular algumas funções, girando o anel de foco. Um visor óptico digital substitui o view finder tradicional.

A NX11 não sugere nenhuma revolução na linha NX. Trata-se antes de um refinamento da formula ditada pela sua antecessora, a NX10. Assim sendo, a nova câmera vem com o mesmo sensor utilizado pela máquina anterior, um CMOS APS-C (23,4 x 15,6 mm). Estamos falando de um tamanho de sensor típico de DSLR e toda essa grandeza se traduz em linhas precisas, cores fiéis e contraste equilibrado entre luz e sombra.

Enquanto algumas câmeras tendem a saturar as cores do cenário, a NX11 trata os tons de forma relativamente neutra. Esse não é um ponto necessariamente negativo se o fotógrafo prefere cenas que aparentam naturalidade. Quanto ao desempenho da máquina em diferentes circunstâncias de luminosidade, podemos dizer que ela se sai melhor entre o ISO 100 e o ISO 400. Do ISO 800 até o ISO 3200 a perda de detalhe torna-se muito mais acentuada. Alguém poderia argumentar que 3200 não é um ISO máximo alto atualmente, mas a Samsung está simplesmente sendo honesta: a opção de aumentar o ISO seria supérflua a partir desse ponto pois a perda da detalhes se tornaria inaceitável para os padrões de uma câmera avançada.

As fotos a seguir foram tiradas em estúdio com abertura f3,5. Utilizamos ISO 100, ISO 400 e ISO 1600, respectivamente, e cada foto é seguida de um corte em tamanho real. Além da progressiva perda de detalhe, é possível notar como a lente distorce as linhas retas quando a distância focal é baixa.

Ignorando o botão iFn, a lente que acompanha a NX11 por padrão é ordinária. Ela é razoavelmente versátil graças à distância focal de 18-55 mm (27-82,5 mm com o fator de corte), o que lhe proporciona um zoom de aproximadamente 3x. A abertura máxima de f3,5 também segue a média das objetivas padrão da categoria. Uma lente mais aberta à luz natural seria preferível, mas a NX11 tem um sensor sensível o suficiente para compensar essa limitação. Como sempre, as imagens ficam perceptivelmente distorcidas na faixa da grande angular, mas o efeito de olho de peixe pode ser até desejável em algumas situações. A foto a seguir, tirada com ISO 100, demonstra a habilidade dessa máquina ao captar cenários externos de contraste acentuado.

A Samsung decidiu implementar a estabilização de imagem na lente, o que a princípio reduziria o número de objetivas que o dono da NX11 poderia utilizar. No entanto, essa câmera só é compatível com lentes fabricadas especificamente para a linha NX, então a limitação não se deve tanto à estabilização óptica quanto ao conector proprietário. De fato, se a linha NX não for bem sucedida por algum motivo, os usuários dessas máquinas provavelmente enfrentarão dificuldades para encontrar kits de lente.

Entre as melhorias prometidas pela Samsung está um autofoco mais rápido em consequência de um algoritmo de foco mais eficiente. No entanto, nossa experiência com a câmera não indicou avanços consistentes nessa área. Levando em conta que a NX10 recebeu um update de firmware, é de se esperar que qualquer progresso alcançado pela NX11 tenha se extendido a sua irmã mais velha. De qualquer modo, o autofoco da NX10 nunca chegou a ser decepcionante. Quanto aos pontos de autofoco, encontramos 15 deles na NX11, o que é suficiente para capturar cenas movimentadas como adultos jogando futebol e crianças sendo crianças. No entanto, o foco das regiões periféricas das imagens não é tão aguçado quanto poderia ser.

O desempenho da NX11 quando o assunto é velocidade de foto é comparável ao de qualquer DSLR semiprofissional. Medimos o atraso entre o acionamento do obturador e a renderização da imagem no display em apenas 0,16 segundo. O modo de disparo contínuo também não decepcionou com uma média de três frames por segundo.

Se há uma omissão significativa da NX11 em termos de qualidade de imagem, essa é a da filmagem em 720p. Estamos falando de uma máquina fotográfica, e, portanto, ninguém espera muito dos vídeos produzidos com ela. Entretanto, a gravação de filmes em 1080p já é um recurso relativamente comum entre as câmeras avançadas. Pelo menos a saída microHDMI foi mantida.

A NX11 é uma DSLR em tudo, exceto, ironicamente, em um dos aspectos mais fundamentais: ela não tem o espelho que dá nome a essa categoria de câmeras. Em seu lugar, Samsung oferece um bom visor AMOLED. No contexto das câmeras fotográficas, a vantagem mais importante dessa tecnologia é a alta taxa de atualização que diminui o atraso entre os movimentos do fotógrafo e a renderização das imagens no display.

Há ainda um EVF com cobertura de 100% do ângulo de visão da lente. O esforço da Samsung para tornar o EVF mais conveniente é perceptível: a câmera tem um sensor de proximidade que ativa automaticamente a pequena tela quando o fotógrafo decide utilizá-la. No entanto, a qualidade desse display não é das melhores. Se o olho do usuário não estiver perfeitamente alinhado com o EVF, as cores mudam de tom. Esse visor é mais um exemplo de que substituir o espelho das câmeras reflex é uma tarefa extremamente árdua.

Apesar das limitações da interface visual da NX11, é preciso reconhecer que a Samsung se esmerou na organização dos controles. O exemplo mais óbvio dessa dedicação aparece no botão iFn da lente que, apesar de ser um conceito simples, realmente facilita a navegação pelos ajustes da câmera. Outra opção útil é a possibilidade de sincronizar o tempo de exposição das fotos com o pressionamento do obturador. A máquina também permite que o fotógrafo faça pequenas alterações nas imagens, como a introdução de efeitos visuais e a remoção de olhos vermelhos. A única falta que vale a pena mencionar é a ausência de um botão dedicado para a gravação de vídeos.

A NX11 não é tão escorregadia quanto sua prima compacta, a NX100, mas também não chega a oferecer uma empunhadura completamente satisfatória. Apesar das melhorias com relação à NX10, essa câmera ainda se encontra em um ponto desconfortável entre as máquinas compactas e as DSLR convencionais. Por um lado, ela está muito longe de ser tão portátil quanto uma compacta. Por outro, ela não se encaixa tão bem nas mãos quanto uma DSLR.

Ficha técnica

Pixels efetivos14,6 MP
Zoom óptico3x (27 a 82,5 mm)
Filmagem720p
LCD
Peso636g

Avaliação técnica

PrósBoa qualidade de imagem; tela AMOLED; interface bem organizada;
ContrasVisor EVF com baixo angulo de visão; recurso de filmagem poderia ser melhor; empunhadura inadequada para quem tem mão grandes;
ConclusãoIndicada para quem não abre mão da qualidade de imagem mas deseja uma alternativa mais compacta para as câmeras reflex;
Imagem8,5
Velocidade7,7
Objetiva7,9
Visor7,5
Recursos8,1
Design8,1
Média7.9
Preço1959
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