Tecnologia

Samsung MV800

O display de 3 polegadas sensível ao toque que gira para cima em até 180º é um bom atrativo da MV800 para quem vive fazendo autorretratos. Com a tela nessa posição, o disparo é feito por um botão nas costas da câmera ou com um toque no LCD. A lente grande-angular de 26 mm ajuda […]

DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 04h06.

logo-infolab

O display de 3 polegadas sensível ao toque que gira para cima em até 180º é um bom atrativo da MV800 para quem vive fazendo autorretratos. Com a tela nessa posição, o disparo é feito por um botão nas costas da câmera ou com um toque no LCD. A lente grande-angular de 26 mm ajuda a não deixar ninguém fora do enquadramento quando o autorretrato inclui amigos. A desvantagem dessa câmera compacta da Samsung em relação a outros modelos com LCD destacável é que sua tela não pode ser deslocada para os lados. Nos testes do INFOlab, a qualidade das fotos foi aceitável, mas a velocidade para registrar as imagens (0,35 segundo) poderia ser melhor. Os menus lembram muito os de um smartphone. Além dos modos automáticos e recursos para a produção de imagens panorâmicas e em 3D, a câmera tem dezenas de filtros, efeitos e ferramentas para brinc ar com as fotos. Com o Beauty Shot, nem é preciso recorrer ao Photoshop para corrigir imperfeições na face. O modelo tem 10 MB de memória interna e vem com cartão microSD de 4GB.

A MV800 tem pixels em excesso: são 16,1 MP em um diminuto CCD de 6.17 x 4.55 mm. O resultado dessa combinação é uma câmera que produz imagens de boa definição, mas apenas em condições ideais. Basta que a luz ameace mudar um pouco para a máquina se atrapalhe. As fotos com ISO mais alto desagradaram pela rápida perda de detalhe. No ISO 400, as fotos já ficam tomadas pelo ruído e é difícil aceitar o nível de qualidade da imagens tiradas com ISO acima de 800, o que torna o ISO máximo de 3200 quase supérfluo. Postamos a seguir três fotos com ISO 80, 400 e 800, respectivamente(cada imagem é seguida de um corte em tamanho real).

É raro, entre as compactas, encontrar uma câmera que consiga manter um bom nível de qualidade ao longo da escala de ISO. Ainda assim, esperávamos um pouco mais da MV800 no trato com a luz. A reprodução de cenas com algum contraste apresenta regiões luminosas que frequentemente são superexpostas pela câmera. Já as cores são reproduzidas de maneira relativamente fiel, embora o balanço de branco tenda a prejudicá-las, especialmente no modo automático. Pode parecer exagero criticar aspectos como esses em uma máquina que segue a filosofia do “aponte e fotografe”, mas tais problemas se tornam evidentes em muitas situações comuns.

Os cenários ensolarados da sua última viagem provavelmente não seriam muito bem fixados pela MV800. Aquelas fotos embaraçosas que tiramos antes e depois de uma festa também sofreriam com a perda de detalhe. Não pense que usar o flash embutido seria benéfico nessa situação: além de pouco potente, a luz da MV800 tende a se concentrar demais no centro da imagem. Mas nem tudo está perdido. Graças a um tempo de exposição máximo relativamente alto para a categoria (16 segundos), quem tiver um tripé ou mãos de cirurgião pode tirar fotos noturnas de qualidade razoável.

A lente da MV800 é um pouco mais versátil que a média em consequência do zoom de 5 vezes (26 – 130 mm). Trata-se de uma objetiva de boa qualidade pois não observamos nenhuma distorção significativa nas linhas ou nas cores das imagens gravadas ao longo dos testes. Com efeito, descontando-se o problema da luz, a MV800 produz fotos em modo macro (aquelas enquadradas em objetos pequenos) bem detalhadas. Outro destaque da lente para os padrões de uma compacta é a abertura máxima de f3.3, que garante a possibilidade de utilizar mais luz natural nas fotos além de proporcionar maior controle sobre a profundidade de campo. Como já comentamos, as imagens da MV800 são geralmente nítidas. Porém, é preciso ressalvar que o foco nas regiões periféricas do enquadramento não é tão bom, como se pode notar nas fotos tiradas na faixa da grande angular (26 mm).

Previsivelmente, o recurso de filmagem apresenta os mesmos problemas de luz que as fotografias. Além disso, a resolução se limita ao 720p e o áudio é gravado em mono, ambas características ainda comuns entre as compactas. De fato, ter a gravação de vídeos como ponto fraco não põe a MV800 em grande desvantagem com relação à média da categoria. Apesar da resolução mais baixa, os filmes dessa câmera não precisam aparecer com barras pretas quando reproduzidos em uma TV Full HD: a saída microHDMI transmite o sinal de vídeo em 1080i.

Se ignorarmos as dobradiças, o LCD da MV800 é bem convencional. Sua resolução é um pouco baixa (288 mil pixels) e há algumas distorções na proporção dos objetos, mas trata-se de uma tela fiel no geral. Entretanto, o que chama mais atenção não é o display em si, e sim a interface, que é um aspecto essencial de todas as compactas. A Samsung tem feito um trabalho admirável com a organização dos controles de suas câmeras. No caso da MV800, é um deleite observar como os menus se adaptam bem à interface de toque que permitiu que a máquina dispensasse a maioria dos botões físicos sem grandes prejuízos.

Todas as funções da máquina são bem identificadas com legendas, mas, como toda compacta, o grau de controle sobre o modo de captura é limitado. Um recurso que pode ser interessante para os fotógrafos casuais é o editor de imagens embutido na própria câmera. Um pouco mais completo do que o que costuma dar as caras nesse tipo de máquina, ele permite realizar cortes simples nas imagens e oferece uma série de filtros e fundos para modificar as fotos. Tudo isso é facilitado pela interface de toque.

Não há do que reclamar quanto ao design da MV800. Os poucos botões que escaparam dos cortes promovidos pela interface de toque estão sempre ao alcance dos dedos e ela consegue se espremer no bolso de uma calça apesar das dimensões ligeiramente maiores que a média (9,22 x 5,57 x 1,88 cm). Comparada com o resto da categoria, essa câmera tem uma aparência mais sólida em consequência do acabamento parcialmente metálico. O ponto fraco da construção é a tela que, pela própria natureza de sua flexibilidade, está mais vulnerável ao desgaste e aos acidentes. O vidro que cobre o LCD também não inspira muita confiança.

Concluindo, a qualidade de imagem é o grande fator que nos impede de recomendar essa máquina como uma das melhores compactas para iniciantes. Esperávamos um pouco mais pelos mil reais que têm sido cobrados por ela. Contudo, é verdade que essa é uma camerazinha bem versátil, especialmente por causa da objetiva. Ela também é extraordinariamente simples de ser usada. A tela móvel também tem vantagens óbvias: se a MV800 for pelo menos capaz de diminuir o número de fotos de espelho com lens flare que rondam pela internet, ela já terá prestado um bom serviço para a sociedade.

Ficha técnica

Pixels efetivos16,1 MP
Zoom óptico5x (26 mm a 130 mm)
Filmagem720p
LCD3" touchscreen
Pes141 g

Avaliação técnica

PrósVisor LCD móvel; objetiva relativamente versátil; interface simples; editor de imagem embutido; acabamento sólido;
ContrasQualidade de imagem poderia ser melhor; flash não se espalha bem pelo cenário; desfocou os cantos das fotos tiradas na faixa da grande angular;
ConclusãoA MV800 é uma compacta eficiente que, se possuísse uma qualidade de imagem uma pouco melhor, poderia ser uma das melhores da categoria para os iniciantes em fotografia
Imagem7,4
Objetiva7,7
Visor7,8
Recursos8,1
Design8,2
Média7.9
PreçoR$ 999
Acompanhe tudo sobre:Câmeras digitaisSamsung

Mais de Tecnologia

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições

Qualcomm vence disputa judicial contra Arm e poderá usar licenciamentos da Nuvia

China constrói 1.200 fábricas inteligentes avançadas e instala mais de 4 milhões de estações base 5G

Lilium, de aviões elétricos, encerra operações após falência e demissão de 1.000 funcionários