Tecnologia

Saída pela banda larga

Novo modelo para as telecomunicações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h37.

As conexões de alta velocidade são a saída para que o setor de telecomunicações volte a crescer, diz Scott Kriens, presidente da americana Juniper Networks. Concorrente da Cisco no mercado de roteadores, os equipamentos que direcionam o tráfego de dados em grandes redes, a Juniper voltou a crescer neste ano. As operadoras retornaram às compras, e o faturamento no terceiro trimestre cresceu 13% em relação ao de 2002. Kriens, que vem ao Brasil no fim de outubro para participar da feira Futurecom, em Florianópolis, falou a EXAME:

O CRESCIMENTO

"O setor de telecomunicações vai voltar a crescer graças à banda larga, seja em linhas celulares, fixas, fibras, rádio, seja em redes de TV a cabo. Primeiro, haverá uma penetração grande dessas tecnologias. Depois, virão os serviços. E aí há uma grande diferença em relação ao passado: a ênfase será na utilidade, não nas novidades tecnológicas. As pessoas vão querer comprar serviços, não simplesmente uma conexão veloz. Podem ser vídeos sob demanda ou teletrabalho. Esses são o típico serviço que vai gerar crescimento. E quem vai oferecê-lo não serão as operadoras, mas outras empresas. A Microsoft, por exemplo, acaba de lançar um serviço de TV interativo que circula pelas novas redes."

UM NOVO MODELO DE NEGÓCIOS

"O valor da rede de uma operadora não deveria estar ligado à dificuldade que seus clientes têm em mudar para uma concorrente. Acredito que o futuro das operadoras tenha a ver com redes confiáveis e seguras. Como garantir as comunicações do seu cliente de maneira lucrativa? Essa é a pergunta mais importante daqui para a frente."

ÁSIA À FRENTE

"A Ásia tem mercados de potencial enorme, que vão concentrar a maioria dos investimentos no futuro próximo. Só a China Mobile tem 130 milhões de usuários de telefones celulares, e estima-se que esse número vá dobrar em dois anos. A penetração de banda larga é enorme na Coréia do Sul. Eu diria que pela primeira vez, em 25 anos de carreira nesse setor, vejo tecnologias sendo desenvolvidas e adotadas fora dos Estados Unidos. Além disso, os governos da região enxergam as redes de telecomunicações como um objetivo estratégico."

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