Reguladores chineses enviam equipes à Didi para avaliar segurança de dados
A investigação quer confirmar se a Didi Chuxing coletou ilegalmente informações pessoais de usuários
André Lopes
Publicado em 16 de julho de 2021 às 13h11.
Última atualização em 16 de julho de 2021 às 13h16.
A Administração do Ciberespaço da China (CAC, na sigla em inglês) disse nesta sexta-feira, 16, que funcionários de pelo menos sete departamentos enviaram equipes para a Didi Global para conduzir uma análise da segurança cibernética.
Além da CAC, o grupo inclui representantes do Ministério da Segurança Pública, do Ministério da Segurança do Estado, do Ministério dos Transportes, do Ministério dos Recursos Naturais, da Administração Tributária do Estado e da Administração Estatal para a Regulação do Mercado, de acordo com o comunicado.
A CAC não ofereceu mais detalhes em seu comunicado, mas o envolvimento de várias agências governamentais mostra a pressão regulatória mais forte sobre a empresa chinesa de transporte urbano por aplicativo.
A China está renovando sua política de privacidade e segurança de dados. Está elaborando uma Lei de Proteção de Informações Pessoais, que exige que as plataformas de tecnologia imponham medidas mais rígidas para garantir o armazenamento seguro dos dados do usuário.
A CAC lançou a investigação de segurança cibernética relacionada a dados em Didi apenas dois dias depois do IPO da companhia em Nova York, citando a necessidade de proteger a segurança nacional e o interesse público. Os reguladores também ordenaram que a Didi remova seus aplicativos na China.
A Didi, que atualmente tem um valor de mercado de 60 bilhões de dólares, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o novo comunicado da CAC. A empresa disse anteriormente que armazena todos os dados de usuários e estradas da China no próprio país.