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Rede social não criada de Trump já vale 4 vezes a fortuna do ex-presidente

Segundo o magnata, a plataforma 'TRUTH' vai "enfrentar as Big Techs" como Twitter e Facebook, que barraram suas contas

A rede social de Trump tem lançamento inicial previsto para dezembro e implantação completa no primeiro trimestre de 2022 (CHRIS DELMAS/Getty Images)

A rede social de Trump tem lançamento inicial previsto para dezembro e implantação completa no primeiro trimestre de 2022 (CHRIS DELMAS/Getty Images)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está certo de que lançará seu próprio aplicativo de redes social, chamado “Truth Social”, e que ele será uma resposta aos desafetos Twitter e Facebook.

O curioso é que o novo negócio se quer lançou algum serviço e, segundo investidores, já vale cerca de 10 bilhões de dólares, algo próximo de quatro vezes a fortuna de Trump de 2,5 bilhões de dólares, e que hoje é dividida entre arranha-céus, hotéis, campos de golfe e outros investimentos.

A nova empresa ainda está em fase de preparativos para ser listada na Nasdaq, e por hora, é possível adquirir a previsão de compras das ações por meio de quatro SPACs (Special Purpose Acquisition Company, que se trata de uma sociedade anônima listada em bolsa de valores com o objetivo de adquirir uma empresa privada).

A favor do negócio, depois que circulou a notícia de que a Digital World Acquisition Corp, uma firma de aquisição de cheques em branco liderada pelo ex-banqueiro de investimento Patrick Orlando, poderia se fundir ao novo negócio de Trump, as ações da SPAC dispararam de cerca de 10 dólares para 60 dólares cada.

Se as ações permanecerem em 60 dólares, segundo cálculos da Forbes, os acionistas da SPAC e do grupo após a fusão terão em ações o montante de 10 bilhões de dólares.

É muito dinheiro rodando em um negócio mal formado. Mas faz sentido. Este SPAC tem tanto valor porque está vinculado a um dos maiores marqueteiros da história dos negócios americanos, Donald Trump.

Presidentes anteriores lucraram se valendo da fama discursos e escrevendo livros. Já Trump deseja criar um produto que atrairá seus seguidores nos próximos anos - um esforço que é mais ambicioso e, potencialmente, mais lucrativo do que escrever um best-seller ou entrar no circuito de palestras motivacionais.

Os investidores contam com isso, e contam também com a fiel base do ex-presidente. Antes de ser expulso do Facebook, Instagram e Twitter, Trump acumulou cerca de 150 milhões de seguidores nas plataformas. Em uma pesquisa realizada no mês passado, para o Politico and Morning Consult, 37% dos eleitores disseram que se engajariam com uma plataforma apoiada por Trump. Para uma empresa sem produto funcional e sem histórico financeiro real, esses números contam para alguma coisa.

(Com Reuters)

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