Pneu (Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 05h42.
Sim, o reaproveitamento de pneus velhos também chamados de inservíveis bate recordes no Brasil. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) acaba de divulgar que coletou e encaminhou para a reciclagem mais de 223 mil toneladas de pneus inservíveis, só no primeiro semestre deste ano. É algo como quase 45 milhões de pneus de carros de passeio.
A imensa quantidade de pneus imprestáveis para circular e já sem condições de reforma foi recolhida pelos setenta caminhões que estão a serviço da Reciclanip diariamente em todo o país. Essa entidade sem fins lucrativos criada em 2007 pela Anip para cuidar do recolhimento e reciclagem dos pneus, tem hoje 834 pontos de coleta distribuídos em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal.
Para ter ideia do crescimento do setor de reciclagem de pneus, em 2004 esses pontos de coleta eram 85. O processo de recolhimento e reciclagem de pneus no Brasil começou em 1999 pelos próprios fabricantes, a partir do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis.
Desde então, quase três milhões de toneladas de inservíveis já foram coletados e devidamente reciclados. Depois de sua vida útil, os pneus são encaminhados para empresas que fazem a separação da borracha, tiras de aço e tecido que os compõem. Tudo é reaproveitado.
A borracha o principal componente é moída para depois transformar-se em tapetes de automóveis, solas de sapato, pisos industriais e para quadras esportivas, materiais de vedação e até dutos pluviais. Também pode ser adicionada ao asfalto para recapear ruas e rodovias.
Entretanto, a maior parte da borracha dos pneus, segundo a Reciclanip, vai parar nos fornos das indústrias de cimento, já que é um ótimo combustível alternativo. Essa queima é feita com todos os cuidados ambientais exigidos pelo Ibama, como a utilização de filtros de retenção dos resíduos gerados.
Com todos esses resultados, a indústria de pneus está conseguindo se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que exige que os fabricantes de todos os setores sejam responsáveis pelo destino final de seus produtos depois de consumidos. Que sirva de exemplo.
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