(Flavio Santana/Biofoto/Divulgação)
Bárbara Ferreira Santos
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 11h57.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 17h59.
São Paulo -- Dados do Facebook no Brasil e no mundo apontam que o futuro do consumo de informação nas redes sociais caminha para o compartilhamento cada vez maior de vídeos em diversas plataformas e com variedade de conteúdos.
É o que afirmou o diretor de parcerias para a América Latina do Facebook, Luis Olivalves, nesta terça-feira, 17, durante o evento VEJA EXAME Fórum 2017 - A Revolução do Novo, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
Segundo Olivalves, o Facebook deixou de ser apenas uma plataforma social de troca de experiências entre usuários para se tornar também, não só no Brasil como no mundo todo, uma das principais fontes de notícias para os usuários, especialmente entre os mais jovens.
Pesquisa do Instituto Reuters, com mais de 50 mil leitores em 26 países, mostra que 51% usam as redes sociais semanalmente como fontes de notícias e 12% dizem que as redes são suas principais fontes de informação. No Brasil, os números sobem para 72% e 18%, respectivamente.
Diante de uma era de informações fragmentadas, a ferramenta adaptou seu feed de notícias para transmitir o que é relevante para cada pessoa. “O consumo está dividido. O Facebook só é forte porque a pessoa está lá, foi ver a vida dos amigos e acaba sendo impactada por algumas coisas porque o algoritmo ajudou a identificar”, diz Olivalves.
Realidade aumentada
Os vídeos e as imagens são os formatos que mais atraem os usuários no Facebook, segundo Olivalves. Por dia, mais de 100 milhões de horas de vídeo são consumidas na rede social. Já no Messenger e no Whatsapp, o forte são os emojis. No Messenger, por exemplo, são trocadas 2 milhões de mensagens com emojis por dia no mundo.
De acordo com o executivo, a realidade virtual deve ser uma tendência nas redes sociais nos próximos anos. Hoje, segundo ele, o sistema de realidade aumentada Oculus já possui 1 milhão de usuários por mês.
“Se eu quero passar um recado (nas redes sociais), nada melhor do que o vídeo. E, hoje, quando quero passar uma experiência, trazer uma pessoa para viver algo único, uso a realidade aumentada. Eu controlo a experiência para o que eu quero ver ou focar, mas estou lá vivendo junto (o que foi gravado)”, afirma Olivalves.
Jornalismo
Em um cenário em que é difícil separar fontes confiáveis de informação e conteúdos falsos, a empresa aposta ainda no projeto Facebook Journalism Project, que prevê a troca de experiências e de treinamentos entre a plataforma e jornalistas. “A gente tem responsabilidade de que o jornalismo de qualidade prospere”, diz o executivo.
O projeto, que tem escala mundial, objetiva construir ferramentas dentro do Facebook que atendam às necessidades dos meios de comunicação e permitam que a plataforma seja um instrumento de monetização para publishers.