Quer saber o segredo de uma logística inteligente?
Pesquisa da Accenture mostra que empresas que criam experiências marcantes aos clientes conseguem operar com mais rapidez e eficiência do que os concorrentes
exame.solutions
Publicado em 12 de março de 2021 às 09h00.
Última atualização em 12 de março de 2021 às 11h24.
A pandemia lançou vários desafios às empresas. Um dos mais urgentes foi o de entregar produtos e serviços com eficiência e rapidez, sem colocar em risco a segurança de suas operações, e claro, de sua força de trabalho. Não tem sido fácil. Uma pesquisa da Accenture, consultoria de gestão, tecnologia da informação e outsourcing, mostra que 94% das companhias da Fortune 1000 veem rupturas no supply chain por causa da covid-19, e 75% delas tiveram impactos negativos ou muito negativos em suas atividades.
A boa notícia é que há líderes transformando positivamente suas cadeias de suprimentos em fatores impulsionadores de crescimento. De acordo com um estudo da Accenture feito com 900 empresas ao redor do mundo de nove diferentes setores, 10% das companhias participantes foram capazes de remodelar com sucesso suas estratégias, abrindo vantagem em relação à concorrência. O segredo?
1. Foco no consumidor
Em comum, as companhias que se destacaram no estudo têm o consumidor sempre em mente ao oferecer entregas cada vez mais personalizadas.
2. Insights em ações
Elas investem em tecnologia para criar um ambiente colaborativo — dentro e fora —, e não perdem a oportunidade de transformar dados em ações. Ao repensar o supply chain dentro do seu negócio, as empresas expandem a ideia do que são seus ativos e como usá-los.
3. Tecnologias que realmente importam
Concentram-se em capacidades que aumentam a agilidade da cadeia de suprimentos, como segmentação de produtos e serviços, análise preditiva, cibersegurança e blockchain.
4. CEOs engajados
Outro diferencial é o fato de essas empresas terem, em seu comando, pessoas que debatem o tema com o Conselho. Os CEOs também investem em inovação, e colocam seus melhores talentos para conduzir suas operações. Além disso, repensar o supply chain significa que eles têm a possibilidade de considerar alternativas mais sustentáveis.
Fonte:A licence for growth — Customer-centric supply chains, Accenture
Rodolfo Eschenbach, líder de Strategy & Consulting da Accenture para América Latina, afirma que o aumento do uso de canais digitais pela pandemia fez muitas empresas acelerarem seu processo de transformação digital, principalmente na área de logística. “Quando um produto chega na hora certa, embalado da forma como o cliente quer, ele fica encantado com a experiência. Por isso, é importante entender a jornada de entrega. As empresas que já vinham se preparando conseguiram andar mais rápido”, diz.
O consumidor tem pressa
Foi o caso da Mosaic Fertilizantes, uma das maiores empresas em produção e comercialização de fosfato e potássio combinados. A empresa, que faz a gestão de 12.000 viagens por dia — e movimenta 23 milhões de toneladas anualmente por rodovias e ferrovias —, tinha como desafio melhorar a logística e reduzir o tempo de entrega das mercadorias. “Percebemos que os processos manuais dificultavam o nosso controle. E isso causava não só uma má utilização de ativos, como a insatisfação dos clientes”, diz Renato Saleme, diretor de Supply Chain da Mosaic Fertilizantes.
A solução foi elaborar um plano para melhorar o tempo de entrega dos produtos. “A Accenture nos ajudou não só a melhorar a logística como também a criar uma visão ágil dos processos”, explica Saleme. Durante o processo, a empresa abraçou a cultura dos squads e contou com a ajuda de startups como a Trizy e a LogPyx para melhorar a comunicação e o check-in dos caminhoneiros, e reduzir o tempo dos veículos no pátio.
Como resultado, de junho a dezembro do ano passado, o tempo de entrega de mercadorias foi reduzido em 30%. “Além de deixar o processo mais responsivo, conseguimos economizar nos fretes, e oferecer mais qualidade de vida e segurança aos motoristas”, afirma o executivo.
A meta da empresa agora é elaborar um novo plano de negócios para levar as soluções para o segmento de distribuição (B2C), que são as entregas para os agricultores, cooperativas e revendas. “Nosso segredo foi dar um passo de cada vez, sempre na direção certa”, diz Saleme.
Para quem ainda não olha com atenção para a área de supply chain, Eschenbach recomenda: “Comece desenhando a jornada do que você espera: pense, diga e faça. Analise toda a cadeia, verbalize o comprometimento e estabeleça prazos. Saiba aonde quer chegar e entenda quais tecnologias permitirão que a sua infraestrutura funcione de modo mais ágil. E não se esqueça de considerar, sempre, o que o seu cliente valoriza — e espera de você”.
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