Quantos games são feitos para meninas?
Selina programa desde os 10 anos de idade, quando criava joguinhos no computador para o irmão dois anos mais velho
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 15h32.
Esta história faz parte de uma série de relatos sobre Mulheres e Tecnologia. Para saber mais sobre comoelasestão se mobilizando em uma indústria historicamente masculina, veja a edição da revista INFO de Março.
Existe uma diferença visível no Vale do Silício na quantidade de homens e mulheres nas empresas, diz a americana Selina Tobaccowala, 37 anos, vice-presidente da Survey Monkey, maior empresa de pesquisas online do mundo. Mas na nossa empresa tentamos incentivar a diversidade. Fazemos muitos hackathons e, no ano passado, foi um time feminino que ganhou.
Selina programa desde os 10 anos de idade, quando criava joguinhos no computador para o irmão dois anos mais velho. O pai, que trabalhava na área, foi sua principal influência. Eu sou uma geek. Sempre soube que queria cursar ciências da computação, diz. Acho que um dos grandes motivos que muitas garotas não se interessam pela área é simplesmente porque não têm incentivo algum. Olhe para a indústria de videogames e diga: quantos deles são feitos para meninas?
Depois de se formar na Universidade Stanford, Selina fundou a Evite, startup voltada para publicidade online comprada em 2001 pelo grupo IAC Interactive Corp. Nessa época, as pessoas achavam que meu sócio era meu chefe. Mas nunca me importei com isso, diz Selina, que trabalhou como vice-presidente da TicketMaster na Europa e, em 2009, foi convidada para o time do Survey Monkey. Na época, estava grávida do primeiro filho.
Hoje, aos 37 anos e mãe também de mais um bebê de 18 meses, ela diz que é importante encontrar o ambiente certo para conciliar maternidade e carreira. Aqui temos uma cultura onde encorajamos as pessoas a passarem tempo com a família. Nosso CEO vai jantar com os filhos e depois nos encontramos online para reuniões, diz Selina. E não existe mágica: eu tenho um marido que ajuda com 50%, ou mais, das coisas.
Veja mais sobre Mulheres & Tecnologia na revista INFO deste mês.