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Saiba como a Shein usa tecnologia contra a rival Temu na dominação do varejo global

As gigantes do e-commerce chinês intensificam suas táticas competitivas nos mercados internacionais, evocando uma investigação sobre monopólio

Temu vs. Shein: disputa entre rivais chega em novo nível (Reprodução/Getty Images)

Temu vs. Shein: disputa entre rivais chega em novo nível (Reprodução/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 31 de julho de 2023 às 10h41.

Última atualização em 31 de julho de 2023 às 10h46.

A competição entre duas das maiores empresas de comércio eletrônico da China, Shein e Temu, está ganhando novos contornos, à medida que ambas expandem seus interesses e táticas nos mercados internacionais.

O mais recente movimento foi um documento judicial apresentado pela Temu, nos EUA, acusando a Shein de práticas anti-competitivas.

Segundo a Temu, a Shein usou o seu marketplace, que atualmente conta com uma robusta análise de dados para prever vendas e antecipar estoques, e estabeleceu contratos exclusivos com fabricantes de roupas, impedindo o acesso a fornecedores por outras empresas.

Dados da Temu indicam que, entre cerca de 8.338 fabricantes capazes de atender a demanda de fast fashion, ao menos 70% deles tiveram de assinar acordos de exclusividade com a Shein.

Estilo chinês de competir

A prática não é novidade na China. No passado, o Alibaba impôs a política do "escolher um entre dois", na qual os fornecedores eram solicitados a vender exclusivamente em suas plataformas prometendo ganhos excepcionais ao usar de mais tecnologia para vender.

No final de 2020, o governo chinês lançou uma investigação sobre o Alibaba por práticas de monopólio.

Desde então, a China propôs uma lei anti-monopólio para controlar o poder de seus gigantes da internet. Agora, a questão é se haverá alguma ação no combate em curso entre Shein e Temu.

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