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Putin diz que a Rússia não tem nada a ver com ciberataque mundial

O presidente russo aproveitou para lembrar que, segundo a Microsoft, "os serviços especiais americanos eram a primeira fonte deste vírus"

Vladimir Putin: "Sempre se busca culpados onde eles não estão", afirmou Putin (Yuri Kochetkov/Pool/Reuters)

Vladimir Putin: "Sempre se busca culpados onde eles não estão", afirmou Putin (Yuri Kochetkov/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de maio de 2017 às 10h54.

A Rússia "não tem absolutamente nada a ver" com o ciberataque sem precedentes que atingiu ao menos 150 países desde sexta-feira, afirmou nesta segunda-feira o presidente Vladimir Putin, num momento em que os hackers russos costumam ser acusados de grandes ataques cibernéticos.

"A Rússia não tem absolutamente nada a ver com o vírus informático" que originou o ataque que infectou dezenas de milhares de computadores, da Rússia à Espanha, ou do México à Austrália, passando pela China, afirmou Putin em uma coletiva de imprensa em Pequim.

Os Estados Unidos acusaram várias vezes a Rússia de ingerência na recente eleição presidencial americana, e alegaram que hackers russos invadiram os e-mails da candidata democrata Hillary Clinton. Estas acusações foram firmemente desmentidas por Moscou.

"Sempre se busca culpados onde eles não estão", afirmou Putin, lembrando inclusive que, segundo a Microsoft, "os serviços especiais americanos eram a primeira fonte deste vírus".

A empresa Kaspersky lembrou, por sua vez, que o programa maligno incriminado foi publicado em abril pelo grupo de hackers "Shadow Brokers", que afirma ter descoberto a falha informática em documentos roubados da NSA (Agência de Segurança Nacional americana).

"No ano passado, propusemos que nossos sócios americanos trabalhassem juntos sobre temas de cibersegurança, e inclusive fechassem acordos intergovernamentais apropriados a respeito, mas nossa proposta foi rejeitada", disse o presidente russo.

Agora que "nos damos conta que um gênio saído de sua lâmpada (...) pode se revoltar contra seus genitores", "é necessário que o tema seja tratado imediatamente a um nível político sério", acrescentou Putin, sem fornecer mais detalhes.

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