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Projeto de código aberto quer levar Age of Empires II ao Linux

Hospedado no GitHub e aberto a colaboradores, projeto quer recriar a engine do clássico game de estratégia em C++ e Python, de forma a rodá-la nativamente no Linux

ageII (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 16h50.

Considerado um clássico absoluto e recentemente relançado com gráficos em alta definição para Windows, o game de estratégia em tempo real (ou RTS) “Age of Empires II” até passou pelo Mac, mas nunca deu as caras no Linux . Para matar a saudade, jogadores ainda precisam recorrer ao velho Wine para rodá-lo. Mas por mais que o auge do famoso jogo já tenha passado há mais de uma década, um grupo de desenvolvedores quer mudar essa história com um novo projeto open source .

Batizada de OpenAge, a iniciativa não visa exatamente criar um port completo do game para o sistema, e sim “clonar” e adaptar a engine do AoE II original, lançado em 1999. Ela ainda usará elementos do jogo da Ensemble Studios – que, no entanto, não serão fornecidos por “motivos óbvios”, como explicam os desenvolvedores na página do projeto.

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Justamente por isso, apesar de ser um clone, o jogo ainda requer todas as pastas de “Assets” do velho game para funcionar plenamente. Os arquivos são convertidos usando um script, que os transforma em algo bem mais "moldável".

É algo similar ao que fizeram os responsáveis por OpenMW (versão de “Elder Scrolls III: Morrorwind” para Linux) e OpenRA (de “Command & Conquer: Red Alert”), dois outros projetos já estabelecidos e ainda frequentemente atualizados.

Diferenças – Ainda longe de ficar pronto, o núcleo da engine será desenvolvido em C++, enquanto quase todo o resto (conversão de mídia e o console de dentro do game, por exemplo) será feito em Python. A ideia envolve ainda incluir suporte a tecnologias e a recursos mais modernos, como OpenGL 2.1 e GLSL (para sombreamento), para posteriormente tornar o projeto algo além de um “simples” clone de um jogo de sucesso.

Ainda assim, diferenças entre o Age of Empires II de código aberto e o Age of Empires II da Ensemble já deverão aparecer na primeira versão jogável – e não só em termos de falhas ou de recursos em falta. O visual e a jogabilidade, por exemplo, serão próprios do game (já que não é possível replicar vários destes aspectos), assim como a capacidade de incluir modificações.

Mudanças na interface e no console (que podem lembrar os do Blender) também aparecem na lista de ideias, assim como a eliminação de algumas velhas limitações, desnecessárias até bem irritantes. No GitHub, os desenvolvedores citam aquela possibilidade de selecionar apenas 30 unidades por vez, mas quem jogou o RTS original certamente se lembrará de outros incômodos.

No entanto, é cedo para dizer se a iniciativa será bem-sucedida ou não. Por ora, o projeto está com 25 colaboradores registrados, e, apesar de ambicioso, parece ser levado mais como um passatempo mesmo – basta ver as muitas piadas feitas na descrição.

Se quiser participar do desenvolvimento, dá para tentar entrar em contato com os responsáveis no IRC indicado no fim da página do GitHub – mas é bom estar com o inglês em dia. E enquanto uma versão jogável não é disponibilizada, jogadores ainda têm à disposição o bom RTS “ 0 A.D. ”, por exemplo, que está desenvolvimento desde 2000 e tem algumas versões Alpha lançadas.

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