Tecnologia

Programador do WikiLeaks é detido nos EUA

Na semana passada, site divulgou documentos secretos que apontam crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos no Afeganistão

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo - Um pesquisador de segurança envolvido com o site WikiLeaks foi detido por policiais americanos. Jacob Appelbaum ficou retido em um aeroporto por três horas e foi questionado sobre como entrou no país e sua relação com o WikiLeaks.

Na semana passada, o WikiLeaks divulgou uma relação de documentos secretos que apontam crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos no Afeganistão.

Os documentos afirmam que pelo menos 195 civis foram mortos pelas tropas de coalizão no Afeganistão sem conhecimento público e oficial. Os documentos ganharam destaque em toda a imprensa mundial.

Appelbaum também foi abordado por dois agentes do FBI após apresentar-se na Defcon, principal conferencia hacker do mundo.

Morador de Seattle, Appelbaum desembarcou no aeroporto de Newark, Nova Jersey, vindo da Holanda na quinta-feira de manhã. Na ocasião, suas malas foram revistadas e o seu laptop inspecionado.

Segundo familiares do programador, os oficiais do Governo informaram a Appelbaum que ele não estava preso, mas detido para interrogação. Os agentes perguntaram sobre o WikiLeaks, pediram sua opinião sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e perguntou onde o fundador do site, Julian Assange, estava. O programador se recusou a responder as perguntas.

Após sua apresentação sobre o Projeto Tor na Defcon no sábado, Appelbaum foi novamente abordado por dois agentes do FBI. Eles disseram ter conhecimento da abordagem no aeroporto e era por isso que estavam lá. Os agentes recusaram revelar suas identidades.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)HackersInternetPaíses ricosSitesWikiLeaks

Mais de Tecnologia

Plano do Instagram para engajar usuários pode dar certo?

Novo app permite instalar jogos retrô da Nintendo no iPhone; saiba como

Neuralink, de Elon Musk, fará teste de implante cerebral em novo voluntário

Contra Huawei, Apple corta preço de iPhone na China

Mais na Exame