Tecnologia

Primeiro com tela dobrável, Galaxy Fold chega ao Brasil por R$ 13 mil

Celular tem tela de 7,3 polegadas que se dobra ao meio para caber no bolso da calça ou ser usado com uma mão só

Galaxy Fold: tela dobrável tem 7,3 polegadas (Lucas Agrela/Site Exame)

Galaxy Fold: tela dobrável tem 7,3 polegadas (Lucas Agrela/Site Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 07h00.

São Paulo - O Galaxy Fold, primeiro smartphone com tela dobrável, chega ao Brasil a partir do dia 22 de janeiro. O dispositivo da sul-coreana Samsung pode ser dobrado ao meio para que a tela de de 7,3 polegadas fica com 4,6 polegadas e possa ser usado com apenas uma das mãos. Vendido nos Estados Unidos por 1.980 dólares, o Fold chega ao mercado brasileiro com preço sugerido de 12.999 reais.

O Fold pode exibir três aplicativos ao mesmo tempo na tela, como e-mail, WhatsApp e um bloco de notas, por exemplo. Mesmo os smartphones com sistema Android com telas maiores só conseguiram mostrar dois apps simultaneamente.

Quando é fechado, o Fold ativa uma segunda tela que fica na parte de trás do produto. Ela é menor, mais estreita, mas permite o uso de qualquer aplicativo.

“O mecanismo de tela dobrável Imita a abertura de um livro ou revista, ou seja, é um movimento ao qual já estamos acostumados”, diz Renato Citrini, gerente sênior de produtos divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil. De acordo com uma pesquisa feita com usuários do Fold no mundo, o número médio de aberturas diárias da tela é 44 vezes.

Samsung Galaxy Fold

Fold: aparelho, quando dobrado, tem tela de 4,6 polegadas (Lucas Agrela)

O preço do Fold é mais alto do que os 9.600 reais que a Apple cobra pelo iPhone 11 Pro Max. No entanto, suas especificações técnicas também são superiores. Ele tem, por exemplo, 12 GB de memória RAM, enquanto o produto da Apple tem apenas 4 GB.

Galaxy Fold

Galaxy Fold: Celular pode ser dobrado ao meio (Lucas Agrela)

O Fold que chega ao país vem apenas na cor preta e sem compatibilidade com redes 5G -- uma vez que país só deve ter redes móveis de alta velocidade em 2022, segundo o governo federal.

Renato Murari de Meireles, analista sênior de mercado da consultoria americana IDC, acredita que o celular com tela dobrável vem de um desejo do consumidor por displays cada vez maiores. “Com a maturidade global do mercado de smartphones, as fabricantes buscam novas tendências tecnológicas para oferecer ao consumidor. O brasileiro está no quarto ou quinto smartphone e ele ficou mais exigente. As empresas entenderam o desejo do consumidor por celulares com telas maiores e atendem isso agora com telas dobráveis. Mas o usuário ainda precisa entender se esse tipo de produto atende mesmo às suas necessidades e se ele tem ou não preço acessível. No terceiro trimestre de 2019, 780 mil smartphones foram vendidos na categoria que chamamos de super premium, o que representa 7% do mercado no mesmo período. Entre o total de mais de 11 milhões, esse é um nicho voltado às classes A e B”, afirma Meireles.

O Galaxy Fold será vendido, inicialmente, apenas no período entre 21h do dia 22 de janeiro e 21h do dia 23 de janeiro no site da Samsung.  Na loja física, nesse período, o consumidor poderá comprar via internet usando um tablet e receberá o produto em casa. Novas datas de vendas podem ser anunciadas na sequência. Quem adquirir o produto terá atendimento técnico personalizado 24 horas serviço de retirada no mesmo dia, por motoboys no Brasil todo. O cliente terá também direito a uma fila expressa em assistência técnica e, em caso de necessidade de reparo, ele receberá um smartphone reserva emprestado.

Por ora, o Fold é o primeiro celular com tela dobrável a chegar ao mercado brasileiro. A Motorola, segunda colocada em número de vendas de celulares (atrás apenas da Samsung) também anunciou que venderia no país o Motorola Razr, com tela dobrável, a partir de janeiro deste ano, mas ainda não há data definida para o lançamento.

Acompanhe tudo sobre:CelularesSamsungSmartphones

Mais de Tecnologia

Uber apresenta instabilidade no app nesta sexta-feira

Zuckerberg diz que reação de Trump após ser baleado foi uma das cenas mais incríveis que já viu

Companhias aéreas retomam operações após apagão cibernético

O que faz a CrowdStrike, empresa por trás do apagão cibernético

Mais na Exame