Lucifer: série da Netflix é um dos sucessos da companhia (Netflix/Divulgação)
Tamires Vitorio
Publicado em 30 de outubro de 2020 às 10h50.
Última atualização em 30 de outubro de 2020 às 12h16.
Os preços das assinaturas da Netflix vão aumentar nos Estados Unidos. A assinatura do plano mais barato irá para 14 dólares mensais (um dólar mais caro do que anteriormente), enquanto a mais completa terá um acréscimo de dois dólares, indo para 18 dólares por mês. Com o movimento no país de origem da plataforma de streaming, é de se esperar que o mesmo ocorra em outros países --- incluindo no Brasil.
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Por aqui, os planos variam de 21,90 reais a 45,90 reais --- e a empresa enfatiza que não existe "contratos ou taxas extras". O aumento nos valores das assinaturas, segundo Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto Tecnologia Social (ITS), é algo de se esperar também em terras brasileiras. "Preço é elástico. O preço sempre é o mais alto possível em referência ao que as pessoas consideram possível pagar. As pessoas já se acostumaram a pagar pelo serviço, virou commodity conhecida. Então o preço vai subir", explica.
Ao site The Verge, um porta-voz da Netflix afirmou que a mudança feita nos Estados Unidos "não influenciam ou indicam uma mudança nos preços globais". Segundo o mesmo porta-voz, os preços estão sendo atualizados para que a "Netflix continua a oferecer uma maior variedade de filmes e séries" em um cenário que fica cada vez mais competitivo.
Mesmo com a chegada de novos serviços de streaming no pedaço, como é o caso do Disney+ que vai desembarcar no Brasil em 17 de novembro, a Netflix deve aumentar os valores. "A Disney está crescendo, e há mais players. Na pandemia creceu a base de usários, no mundo todo. Deve acontecer em breve, e de forma gradual. O preço, que é de entrada no mercado, tende a se etabilizar", diz.
O grande desafio da Netflix, no momento, é construir uma base robusta de conteúdos originais para atrair os novos e velhos clientes --- e esse pode ser um motivo para o aumento no preço das assinaturas. "Ela deixou de focar no licensiamento de terceiros, e isso era previsível, e investir em conteúdos próprios", afirma.
Fontes afirmaram à EXAME que não se sabe, ainda, se os valores do Brasil serão mudados e que a mudança nos Estados Unidos não significa, necessariamente, que o mesmo acontecerá por aqui.
Procurada pela EXAME, a empresa ainda não se pronunciou oficialmente. A reportagem será atualizada assim que tivermos um posicionamento.