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Possível ataque derruba novo Silk Road e valor do bitcoin

A informação vem do próprio administrador do site, um anônimo conhecido como Defcon

Bitcoin: cerca de 4.440 bitcoins, nas estimativas do especialista em segurança Nicholas Weaver, acabaram roubadas no ataque de crackers ao Silk Road 2 (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 19h09.

Conhecido por ser um dos maiores mercados (se não o maior) de drogas na obscura deepweb, o Silk Road 2 sofreu um ataque de crackers na noite desta quinta-feira.

A informação vem do próprio administrador do site, um anônimo conhecido como Defcon, que teve uma carta compartilhada por um porta-voz no Reddit.

Segundo ele, o invasor não conseguiu acesso ao servidor, e nenhuma informação relacionada aos usuários foi obtida. No entanto, cerca de 4.440 bitcoins , nas estimativas do especialista em segurança Nicholas Weaver, acabaram roubadas no ataque. No momento da quebra de do site, o montante equivalia a cerca de 2,7 milhões de dólares (ou quase 4,5 milhões de reais).

Mas entre os efeitos da invasão, notou-se uma queda acentuada no valor da moeda virtual. Por ora, 1 BTC vale uma média (average) de 382 dólares no MtGox, um dos maiores centros de troca de bitcoin na web – mesmo após diversas controvérsias e uma falha o afetarem.

Ou seja, o valor roubado do SR2 já caiu para mais ou menos 1,69 milhão de dólares. Para se ter uma ideia da queda, uma unidade da moeda chegou a valer mais de 1.000 dólares no final do ano passado, ficou na casa dos 900 por janeiro inteiro e estava transitando nos 600 durante este mês de fevereiro.

Defcon colocou a culpa da invasão no mesmo problema que fez com que o MtGox interrompesse saques na última semana. A falha fazia com que as transações “desaparecessem”, o que, segundo o TechCrunch, permitia que usuários voltassem e pedissem por seu dinheiro de volta. O dinheiro, na verdade, só não era rastreado – como normalmente é feito, para garantir a segurança –, e a transferência acabava duplicada.

Na carta, o administrador do site afirmou que o site começará a se reconstruir, mas acabará de vez com o sistema centralizado de transações.


Por ora, elas serão feitas diretamente, de comprador para vendedor, o que não é necessariamente a opção mais segura. Depois de um ou dois meses – se tudo correr como prometido –, elas já ocorrerão através de um sistema de múltiplas assinaturas (“multi-signature”, no termo em inglês).

Os supostos invasores também estão sendo rastreados pela comunidade do Silk Road. Suspeita-se que um deles, responsável por levar 95% do montante, esteja na França, e outros dois (que dividiram com 5%) fiquem na Austrália. Os possíveis nomes de usuário utilizados por eles também foram divulgados por Defcon no fórum do site

Controvérsia – Mas é bom manter o ceticismo. A rede era e ainda é controlada por um anônimo, que criou uma espécie de mercado centralizado, que mediava todas as transações ocorridas ali. Na teoria, é uma forma segura, já que impede roubos da parte dos vendedores. No entanto, colocar todo o dinheiro nas mãos de um administrador não identificado também é bem arriscado, e a carta do administrador da página gerou bastante desconfiança.

Usuários do Reddit levantaram a hipótese de que a “invasão” nada mais foi do que um roubo praticado pelo próprio Defcon. Motivações para isso não faltam, já que não há um órgão que gerencie a moeda e o ladrão nem mesmo poderia ser preso, por se tratar de uma unidade monetária paralela. A carta do administrador do site está disponível no Reddit, toda em inglês – clique aqui se quiser lê-la e tirar suas próprias conclusões.

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Conhecido por ser um dos maiores mercados (se não o maior) de drogas na obscura deepweb, o Silk Road 2 sofreu um ataque de crackers na noite desta quinta-feira.

A informação vem do próprio administrador do site, um anônimo conhecido como Defcon, que teve uma carta compartilhada por um porta-voz no Reddit.

Segundo ele, o invasor não conseguiu acesso ao servidor, e nenhuma informação relacionada aos usuários foi obtida. No entanto, cerca de 4.440 bitcoins , nas estimativas do especialista em segurança Nicholas Weaver, acabaram roubadas no ataque. No momento da quebra de do site, o montante equivalia a cerca de 2,7 milhões de dólares (ou quase 4,5 milhões de reais).

Mas entre os efeitos da invasão, notou-se uma queda acentuada no valor da moeda virtual. Por ora, 1 BTC vale uma média (average) de 382 dólares no MtGox, um dos maiores centros de troca de bitcoin na web – mesmo após diversas controvérsias e uma falha o afetarem.

Ou seja, o valor roubado do SR2 já caiu para mais ou menos 1,69 milhão de dólares. Para se ter uma ideia da queda, uma unidade da moeda chegou a valer mais de 1.000 dólares no final do ano passado, ficou na casa dos 900 por janeiro inteiro e estava transitando nos 600 durante este mês de fevereiro.

Defcon colocou a culpa da invasão no mesmo problema que fez com que o MtGox interrompesse saques na última semana. A falha fazia com que as transações “desaparecessem”, o que, segundo o TechCrunch, permitia que usuários voltassem e pedissem por seu dinheiro de volta. O dinheiro, na verdade, só não era rastreado – como normalmente é feito, para garantir a segurança –, e a transferência acabava duplicada.

Na carta, o administrador do site afirmou que o site começará a se reconstruir, mas acabará de vez com o sistema centralizado de transações.


Por ora, elas serão feitas diretamente, de comprador para vendedor, o que não é necessariamente a opção mais segura. Depois de um ou dois meses – se tudo correr como prometido –, elas já ocorrerão através de um sistema de múltiplas assinaturas (“multi-signature”, no termo em inglês).

Os supostos invasores também estão sendo rastreados pela comunidade do Silk Road. Suspeita-se que um deles, responsável por levar 95% do montante, esteja na França, e outros dois (que dividiram com 5%) fiquem na Austrália. Os possíveis nomes de usuário utilizados por eles também foram divulgados por Defcon no fórum do site

Controvérsia – Mas é bom manter o ceticismo. A rede era e ainda é controlada por um anônimo, que criou uma espécie de mercado centralizado, que mediava todas as transações ocorridas ali. Na teoria, é uma forma segura, já que impede roubos da parte dos vendedores. No entanto, colocar todo o dinheiro nas mãos de um administrador não identificado também é bem arriscado, e a carta do administrador da página gerou bastante desconfiança.

Usuários do Reddit levantaram a hipótese de que a “invasão” nada mais foi do que um roubo praticado pelo próprio Defcon. Motivações para isso não faltam, já que não há um órgão que gerencie a moeda e o ladrão nem mesmo poderia ser preso, por se tratar de uma unidade monetária paralela. A carta do administrador do site está disponível no Reddit, toda em inglês – clique aqui se quiser lê-la e tirar suas próprias conclusões.

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