Tecnologia

Positivo divulga resultados do 2º trimestre em boa fase do mercado de PCs

A empresa brasileira surfa na onda do home office e mantém a operação no azul. Com o cenário positivo, a empresa ganhou a Multilaser de rival na bolsa

Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: empresa venceu licitação de urna eletrônica do TSE (Guilherme Pupo/Exame)

Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia: empresa venceu licitação de urna eletrônica do TSE (Guilherme Pupo/Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 06h30.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia

Após registrar lucro recorde no ano, a Positivo Tecnologia anuncia hoje os resultados do segundo trimestre de 2021. Nos primeiros três meses deste ano, a empresa curitibana registrou 55,7 milhões de reais de lucro, um salto de 1.175% ante o período de 2020. A receita da companhia ficou em 676,47 milhões de reais, uma alta anual de 78,7%.

No período de outubro a dezembro do ano passado, a Positivo teve seu maior lucro líquido dos últimos dez anos: 195,8 milhões de reais, com receita total de 2,2 bilhões. O motivo, além da venda de dispositivos, está ligado a um processo de inconstitucionalidade da inclusão do ICMS estadual na base do cálculo do PIS e da Cofins e processos administrativos de disputadas de ISS. O valor dessa devolução foi de 139 milhões de reais.

 Aproveite a nova temporada de balanços para investir! Baixe o e-book gratuito "Indicadores de valor: como ler o balanço de uma empresa"

Lucro líquido e receita da Positivo Tecnologia

O contexto global de mercado é positivo e desafiador para a empresa brasileira. No mundo, o número total de computadores e notebooks vendidos no segundo trimestre de 2021 foi de 71,6 milhões de unidades. A quantia é 4,6% maior do que no mesmo período do ano anterior, segundo dados da consultoria Gartner. A empresa também fechou um acordo de produção da urna eletrônica com o TSE, no ano passado.

Por outro lado, o mercado de eletrônicos ainda sofre as consequências do desequilíbrio entre oferta e demanda de semicondutores para componentes eletrônicos. A crise afeta toda a indústria e causou a paralisação temporária da produção de montadoras no Brasil.

Com uma estratégia de mercado ampla, a curitibana atua em diversos segmentos. Além de possuir computadores de sua própria marca, a Positivo também comercializa no Brasil a linha de notebooks premium Vaio, que era da Sony no passado. Outro ramo no qual a companhia aposta é o aluguel de PCs. Em julho, a Positivo criou um serviço de aluguel de dispositivos para escolas. Chamado HaaS4edu, ele dá acesso a notebooks, computados, tablets, smartphones e servidores. A medida vem em um período no qual o setor educional precisou passar por uma transformação digital para atender alunos à distância em razão das medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19.

Com base nos dados da consultoria americana IDC e em estimativas, a área de inteligência de mercado da Positivo projeta um crescimento no mercado mundial de computadores para 2021. Novamente, o nicho deve ter crescimento de dois dígitos, chegando a 12,5% e a um total de 340 milhões de unidades vendidas no mundo, considerando o mercado total.

Na bolsa, a Positivo ganhou recentemente uma rival: A Multilaser. No IPO feito no mês passado, a concorrente levantou 1,9 bilhão de reais e, neste ano, ampliou sua participação no mercado brasileiro com as marcas Ultra, de notebooks, Michelin, de produtos ligados à mobilidade, e a Toshiba, com TVs e eletrodomésticos. A Positivo pode estar em uma boa fase, mas a competição pelo capital do investidor ficou mais acirrada.

Acompanhe tudo sobre:Balançosempresas-de-tecnologiaExame HojePositivo

Mais de Tecnologia

Black Friday: 5 sites para comparar os melhores preços

China acelera integração entre 5G e internet industrial com projeto pioneiro

Vale a pena comprar celular na Black Friday?

A densidade de talentos define uma empresa de sucesso; as lições da VP da Sequoia Capital