Tecnologia

Por que o iPhone 5 não é compatível com a rede 4G brasileira

Segundo especialista, frequência adotada no país é diferente da usada no mercado americano, para o qual o celular da Apple foi projetado


	iPhone 5, da Apple: a expectativa é de que a rede 4G comece a funcionar no país no início de 2013
 (Apple / Reprodução)

iPhone 5, da Apple: a expectativa é de que a rede 4G comece a funcionar no país no início de 2013 (Apple / Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 21h10.

São Paulo - A Anatel anunciou nesta segunda-feira a homologação do iPhone 5 no Brasil. Isso significa que o aparelho poderá ser vendido no país. Ele, contudo, não será compatível com a rede 4G local. O motivo: aqui, a faixa de frequência escolhida para a nova tecnologia de transferência de dados é a de 2,5 GHz, enquanto que o aparelho da Apple opera na faixa de 700 MHz, utilizada nos Estados Unidos.

De acordo com Eduardo Tudi, presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, o iPhone 5 usará as redes 3G e 3G+ brasileiras, já que não foi fabricado para atender aos parâmestros locais. "Para que um aparelho seja compatível com a rede 4G brasileira, é preciso que a banda tenha sido incluída na fabricação do hardware", diz Tudi. Em síntese, não será possível dar um "jeitinho" e adaptar o dispositivo ao Brasil.

A escolha brasileira pela frequência de 2,5 GHz para 4G não ocorreu à toa. Ela foi eleita porque a faixa de 700 MHz é ocupada pelo sinal analógico de TV. Como a previsão é que a TV digital só se torne padrão em 2016 no país, os brasileiros terão de esperar alguns anos para obter o mesmo grau de qualidade do sistema americano.

A situação brasileira exige que smartphones sejam produzidos especialmente para operar na banda brasileira, o que encarece os aparelhos. "O valor dos celulares 4G ainda é muito alto no Brasil. Eles custam em torno de 2.000 reais, o que faz com que a adoção do novo sistema seja muito lenta", diz Tudi.

Os grandes fabricantes vão produzir celulares compatíveis com a nova banda, garante o executivo. Para isso vão contar com apoio da Qualcomm, empresa americana de semicondutores, no desenvolvimento de chips de quarta geração que operem em todas as faixas de frequência adotadas no Brasil.

A expectativa é de que a rede 4G comece a funcionar no país no início de 2013.

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