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Por que a Netflix liberou vídeos para download?
Por enquanto restrita apenas a algumas produções, a funcionalidade renova a estratégia da empresa para expandir sua base de assinantes globais.
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Netflix: a estratégia pode ser uma reação da Netflix aos movimentos da concorrência: há cerca de duas semanas, a Amazon anunciou que pretende expandir o Prime Video (Scott Eells/Bloomberg)
Publicado em 8 de dezembro de 2016 às, 15h45.
Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às, 18h42.
São Paulo - O serviço de streaming de vídeo Netflix anunciou na semana passada uma grande novidade: seus usuários podem fazer download de séries e filmes da plataforma para assistir quando não estiverem conectados à rede.
Por enquanto restrita apenas a algumas produções originais da empresa e outras atrações selecionadas, a funcionalidade renova a estratégia da empresa para se expandir sua base de assinantes globais.
Em janeiro, a Netflix anunciou sua expansão para mais de 190 países - entre as exceções, estão a China e a Síria.
No entanto, a estratégia surtiu pouco efeito nos primeiros nove meses: a empresa ganhou cerca de 12 milhões de usuários entre o final de 2015 e setembro de 2016 - praticamente o mesmo em termos absolutos que na temporada anterior, quando estava em apenas cerca de 60 países.
Hoje, a Netflix tem cerca de 87 milhões de usuários ao redor do mundo. Segundo José Calazans, analista da consultoria Nielsen, "qualidade e preço vão definir o avanço do mercado de streaming, e no caso de países emergentes como o Brasil, dificuldades de infraestrutura podem atrapalhar a expansão do Netflix".
Segundo ele, em entrevista concedida ao jornal "O Estado de S. Paulo" na última semana, a "função offline pode aumentar o alcance da empresa".
A possibilidade de oferecer conteúdos offline não é uma ideia nova para a Netflix: há alguns anos, executivos da empresa diziam que "nunca" fariam isso; no início deste ano, o presidente da empresa, Reed Hastings, disse que o serviço deveria ter "mente aberta" para a oportunidade.
Para Victor Vicente, pesquisador do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio), a nova estratégia ajudará a empresa tanto a reter a atenção de seus usuários - que podem ver séries e filmes no transporte público ou a bordo de um avião - quanto atrair a atenção de novos assinantes.
"Um usuário que não tem boa conexão agora pode acreditar que o serviço funciona para ele", diz o pesquisador.
Vale lembrar ainda que a estratégia pode ser uma reação da Netflix aos movimentos da concorrência: há cerca de duas semanas, a Amazon anunciou que pretende expandir globalmente seu serviço de streaming de vídeo, o Prime Video, para 200 países.
Há cerca de um ano, o Prime Video deixa seus usuários baixarem séries e filmes para serem assistidos offline.
"O Netflix tem um bom serviço, mas não pode achar que descobriu a roda e ficar estagnado. É preciso avançar contra a concorrência", diz Vicente, do ITS-Rio.
Para o especialista, o movimento do Netflix mostra ainda um novo passo da internet no mundo, seguindo uma tendência já presente em streaming de música e aplicativos de mapas - Spotify, Deezer e Google Maps, por exemplo, deixam usuários baixarem canções e localizações para utilizarem quando não estiverem conectados.
"A internet vai se tornar um serviço básico e fluido no futuro, mas hoje ainda há dificuldades de infraestrutura pela demanda de conexão", diz o pesquisador.
"Por isso, as empresas adotam mecanismos técnicos para contornar essa problemática".
Como fazer
Para realizar os downloads, os usuários têm de atualizar o aplicativo para a última versão, já disponível nas lojas oficiais dos sistemas operacionais Android e iOS.
Após a atualização, o aplicativo ganha uma área com filmes e séries "disponíveis para download".
Nela, é possível encontrar algumas produções originais da plataforma, como Orange is the New Black e Narcos, série protagonizada pelo ator brasileiro Wagner Moura.
Também estão disponíveis filmes como Um Corpo Que Cai e Pulp Fiction - Tempo de Violência e séries de emissoras americanas, como Breaking Bad e Mad Men. Para baixar, basta clicar e esperar - é preciso ter espaço de armazenamento disponível no smartphone, no entanto.
"Há mais [filmes e séries] a caminho", afirmou a empresa por meio de comunicado. Qualquer um dos planos oferecidos pela plataforma, que variam de R$ 22,90 a R$ 29,90, possuem a nova funcionalidade.
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