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Poluição do ar em SP é 2 vezes pior do que o aceitável

Organização Mundial de Saúde alertou que os índices de poluição na capital são duas vezes superiores ao teto aceitável

Poluição em SP (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 06h26.

No mesmo dia em que São Paulo divulgou que alguns indicadores de qualidade do ar vêm apresentando melhoras, a Organização Mundial de Saúde alertou que os índices de poluição na capital são duas vezes superiores ao teto aceitável. Os dados fazem parte de um levantamento que analisa a situação de 1,6 mil cidades.

O levantamento se concentra na avaliação do material particulado fino (MP 2,5), com o maior potencial de afetar diretamente os pulmões. Para a entidade, uma cidade apenas pode considerar que tem ar limpo se apresenta uma média de no máximo 10 microgramas de MP 2,5 por metro cúbico. Qualquer valor maior significa risco para a saúde. A OMS apontou para São Paulo a taxa de 19 microgramas em 2012, quase duas vezes o limite proposto.

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A Cetesb divulgou nesta quarta-feira, 7, relatório referente a 2013 no qual afirma que houve uma leve queda nas médias anuais do MP 2,5, em relação ao ano anterior. O relatório não traz um valor único para a capital, mas as médias por ponto de coleta de amostras. A Cidade Universitária foi a que teve os menores índices de São Paulo, com média anual de 15 microgramas de MP 2,5 por metro cúbico. Já Pinheiros registrou uma taxa de 18; Congonhas, de 20; Parelheiros, de 22; e a Marginal do Tietê, na altura da Ponte dos Remédios, de 27.

Plano de redução.

Carlos Komatsu, gerente do departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, reconheceu que a cidade está ainda bem longe de atingir os padrões recomendados pela OMS. Um plano de redução da poluição está previsto para ser elaborado até o meio do ano, com adoção em três anos.

Inicialmente serão colocadas três metas intermediárias, ainda inferiores ao recomendado pela OMS. Só depois de atingi-las vai tentar-se baixar ao nível ideal. De acordo com a Cetesb, as concentrações de dióxido de enxofre e monóxido de carbono registrados na Região Metropolitana ficaram entre os mais baixos da década.

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