policia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2014 às 06h35.
O governo do Estado de São Paulo passará a contar com um novo sistema baseado em big data para melhorar o trabalho da polícia local. Chamada de Detecta, a ferramenta foi desenvolvida pela Microsoft em parceria com a prefeitura de Nova York e funciona quase como um buscador, indexando dados policiais e fazendo associações entre eles.
Essas informações podem envolver desde características de um suspeito, coletadas a partir de câmeras de segurança, até a forma como determinado crime foi cometido, segundo a MS. Tudo isso fica disponível para os usuários no caso, oficiais , que podem consultá-los e relacioná-los na hora de uma investigação, por exemplo. No caso da identificação de um suspeito, um alerta relacionado à ocorrência ainda pode ser emitido.
Mas como funciona? Como explica a Microsoft, o Detectar une funções de big data com business inteligence. Ou seja, ele consegue gerenciar e buscar muitas informações ao mesmo tempo em que as processa para determinados fins policiais, nesse exemplo.
Para efeito de comparação, podemos usar um sistema similar divulgado pelo The New York Times em abril do ano passado. Por ele, policiais nova-iorquinos podiam consultar todo o banco de dados da polícia pelo smartphone, puxando informações sobre a rua em que estavam, as pessoas que ali moravam e suspeitos que estavam por perto.
Não dá para saber se o Detectar funcionará de forma idêntica, mas um diferencial crucial já é bem visível: o sistema usado pela polícia paulista será multiplataforma. Assim, independente de o oficial estar usando um computador, um smartphone ou tablet, poderá acessar o sistema, com comando a partir do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), do Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil) e do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública do Estado de SP), nas palavras da Microsoft.
Implantação Os primeiros resultados da ferramenta devem aparecer quatro meses após sua implementação em São Paulo, sendo que, segundo a MS, nos três primeiros são realizadas todas as adaptações e treinamentos necessários. No último, por fim, os alertas de padrões de crimes são ajustados para polícia paulista.
O contrato de 9,7 milhões de reais ainda terá mais dez meses de duração, com a Microsoft sendo responsável por criar novos alertas e regras para o sistema. Inicialmente, cerca de mil policiais poderão acessá-lo ao mesmo tempo, mas será possível aumentar esse número.