Plantronics RIG 1
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 18h40.
O Headset Plantronics RIG é, como muitos headsets na mesma faixa de preço, focado no público gamer e compete com marcas consideravelmente mais famosas. Descubra a seguir que ele faz para se destacar.
Diferentemente de marcas como a Thermaltake ou Razer, a Plantronics decidiu deixar o visual colorido e chamativo de lado, para criar um fone sóbrio e tentar conquistar gamers com funcionalidades úteis, em vez de usar um design agressivo para isso.
O RIG possui visual bastante discreto, inteiramente feito em plástico preto fosco, com um detalhe prateado com o nome do modelo, na orelha esquerda. A parte de trás dos fones é coberta por um tecido sintético que imita nylon balístico que deixa um leve brilho no centro das conchas que cobrem as orelhas.
Os cabos que ligam o RIG aos dispositivos sonoros ficam acoplados aos dois microfones inclusos. Um deles é pequeno e similar aos encontrados com a maior parte dos smartphones, enquanto o outro é mais longo e chega próximo da boca do usuário. O intuito é que eles sejam trocados de acordo com a necessidade do momento; para games ou conferências, utiliza-se o mais longo, com melhor qualidade sonora e com cancelamento de ruído, já o outro, mais discreto, é indicado para uso com smartphones e inclusive possui um botão para atender ligações.
A qualidade de áudio do fone é regular, para o preço de 520 reais. Não há distorção mesmo com o volume bastante alto (embora isso ocorra em volume máximo), mas os graves são um pouco pesados demais, em relação aos agudos. O bumbo não chega a engolir completamente guitarras e pratos, mas estes ficam notavelmente mais baixos do que com o Sennheiser HD439, um fone bastante flat, que utilizamos para comparação. Para a comparação, foram usadas as pesadas faixas "This Dying Soul" e "Stream of Consciousness", do Dream Theater, além de uma faixa mais calma, "Lost Stars", cantada por Adam Levine, com bastante violão e um leve acompanhamento de violinos.
Com isso, o produto torna-se excelente para jogos de tiro e músicas com batidas fortes. Por outro lado, ele não é tão bom para jogos de ambientação mais sutil ou músicas nas quais existe a necessidade de distinção entre vários instrumentos, como música clássica ou jazz.
O carro chefe do RIG é seu amplificador e mixer, que vem incluso com o fone. Ele tem um formato circular e pode ser mantido sobre a mesa, ao lado do computador, ou em uma mesa de centro, extendendo os cabos até o videogame.
O mixer tem algumas funções bastante únicas, mas não é difícil se acostumar com seu uso. Além de conectar o mixer ao PC e seu fone ao mixer, podemos também conectar o mixer a um terceiro dispositivo, como um tablet ou um smartphone. Dessa forma, os áudios de ambas as fontes podem ser ouvidos ao mesmo tempo no RIG.
Também existe um botão que controla três diferentes equalizações. A primeira, chamada de pure, que, como já dissemos, tem graves em leve excesso. A segunda, chamada de seismic no manual, tem graves em muito excesso que tira a voz de todas as outras frequências. A terceira (intensify) volta os graves à posição inicial e reforça os médios, mas a diferença entre essa e a pure é bastante leve.
Uma roda externa controla o volume total do som que vai ao fone, enquanto uma chave decide para onde vai o som do microfone embutido e dois controles independentes para cada fonte de som.
Por exemplo: pode-se ouvir música de um smartphone ao mesmo tempo que os sons de um jogo multiplayer no computador, enquanto se conversa com a equipe usando o microfone. O volume de cada um dos dispositivos é controlado independentemente no mixer. Caso o usuário receba uma ligação, basta acionar a chave no meio do mixer para que o som do computador se desligue e o sinal do microfone se transfira para o smartphone, para que se possa conversar sem precisar remover o fone e levar o aparelho ao ouvido.
Embora a funcionalidade seja interessante e alguns minutos sejam suficientes para se acostumar com o mixer, ele possui uma quantidade inaceitável de estática, quando ligado a um computador por USB. Isso incomoda durante a audição de músicas mais calmas e estraga a imersão em jogos com sons ambientes, que dividem seu lugar com o chiado.
Este é um fone que requer espaço para todos seus componentes e cabos, que perde um pouco por culpa do excesso de graves e, quando ligado ao mixer, de estática. A versatilidade do produto é grande. Especialmente porque o microfone para games pode ser facilmente trocado por um cabo simples, para uso com smartphones (sem que seja necessário nem tirá-lo da cabeça). Para quem quer uma solução tanto para a casa como para a rua e não se importa de pagar 520 reais por isso, o RIG faz sentido. Por este preço, no entanto, é possível encontrar fones de ouvido (sem microfone) consideravelmente melhores, ou uma seleção de headsets bastante competitiva de marcas como a Razer, HyperX e Logitech.
Formato | Over the Ear |
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Resposta de frequência | 20-20 000 Hz |
Drivers | 40mm |
Impedância | 32 Ohms |
Sensibilidade | 109 dB/mW |
Prós | Versátil. Microfone destacável torna o transporte mais fácil. Mixer USB tem funcionamento muito útil |
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Contras | Graves excessivos. Chiado excessivo quando utilizado com o mixer |
Conclusão | Bom headset para games, mas apenas mediano para música. |
Áudio | 7,3 |
Isolamento | 7,5 |
Conexão | 8,7 |
Design | 8 |
Média | 7.6 |
Preço | 520 |