O Wikileaks já divulgou 77 mil documentos sobre a guerra do Afeganistão e planeja divulgar mais 15 mil (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2010 às 14h22.
Washington - O Pentágono afirmou nesta quarta-feira que não pretende negociar com o WikiLeaks a criação de uma versão atenuada de um segundo lote de documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão, cuja publicação o site promete para breve.
"Não tivemos contato direto com WikiLeaks", afirmou o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman. "Não estamos interessados em negociar uma versão atenuada dos documentos", assinalou.
Anteriormente, um dos diretores do site afirmou que o exército americano estaria disposto a discutir com o WikiLeaks uma colaboração para filtrar informações sensíveis dos 15.000 documentos militares confidenciais sobre a guerra no Afeganistão que serão publicados em breve.
"O exército americano expressou sua intenção de iniciar um diálogo sobre o tema", disse à AFP a islandesa Kristinn Hrafnsson, colaboradora do site.
Hrafnsson explicou que a notícia chegou até eles "esta semana".
O WikiLeaks havia solicitado - sem êxito até o momento - a ajuda do Pentágono para analisar 15.000 documentos militares confidenciais para retirar informações que poderiam prejudicar "as partes inocentes que enfrentam uma ameaça significativa", segundo indicou o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, durante uma entrevista coletiva no último sábado em Estocolmo.
"O WikiLeaks claramente não tem a intenção de colocar qualquer pessoa em risco direto", destacou Hrafnsson.
O site causou furor nas autoridades militares americana - e um escândalo na mídia - depois de enviar aos jornais The New York Times (EUA), Der Spiegel (Alemanha) e The Guardian (Reino Unido) 77.000 documentos confidenciais sobre operações militares no Afeganistão em julho.
Agora, o WikiLeaks se dispõe a publicar os últimos 15.000 documentos confidenciais de um pacote, recebido de fonte não revelada.
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