O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, lança o seu novo site de compartilhamento de arquivos Mega (REUTERS / Nigel Marple)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2013 às 08h16.
São Paulo – Enquanto preparava a estreia do Mega neste sábado, Kim Dotcom abriu as portas de sua mansão, em Auckland, Nova Zelândia, para conversar com a INFO, a única publicação brasileira presente no lançamento do serviço.
Bastante animado para a estreia do Mega, que acontece nesta madrugada, Dotcom contou ao diretor de arte da revista, Rafael Costa, que os brasileiros eram uma parte importante e bastante considerável do tráfego de dados diário do Megaupload.
E que sente muito pelo fim do antigo serviço sem ao menos poder comunicar os usuários.
Dotcom explica que não ficou chateado por responder na Justiça às acusações, mas por atrapalhar a vida dos usuários, entre eles os brasileiros. “Espero que todos do Brasil aceitem desculpas e me perdoem pelo fechamento do Megaupload em 2011”, diz. “O problema não foi causado por um erro nosso”.
Durante a entrevista a INFO, ele pede aos brasileiros uma segunda chance com o Mega. E explica que o serviço foi construído seguindo a legislação, ou seja, para que os usuários não tenham da noite para o dia seus dados apagados por conta de problemas judiciais.
Durante a conversa, Dotcom deu mais detalhes sobre o sistema de criptografia. O recurso funciona durante o upload, sem necessidade de instalação de programas no navegador ou no sistema operacional do computador.
“A tecnologia garante privacidade total ao usuário, pois não temos como saber o que ele guarda no Mega e nem as chaves para abrir os arquivos armazenados’’, diz Dotcom.
A tecnologia do Mega garante ainda proteção contra a captura de dados que acontece na internet por sistemas espiões à revelia do usuário. “No mundo em que vivemos hoje, o governo americano capta, o tempo todo, o fluxo de dados e cada e-mail e arquivo que você envia”.
Rápido – Dotcom não gosta de serviços lerdos. Quando decidiu montar o Mega, pediu à equipe de engenharia que fizesse algo para funcionar com velocidade mesmo em conexões lentas. Assim nasceu o acelerador Mega, que funciona diretamente no serviço, sem a necessidade de aplicativos.
A tecnologia fragmenta os arquivos que são enviados para os servidores do Mega em vários pedaços. Desse modo, o upload é rápido. E o usuário pode subir, simultaneamente, até seis arquivos, sejam eles grandes ou pequenos. A tecnologia também é aplicada para acelerar os downloads dos arquivos.
* Com apuração de Rafael Costa, diretor de arte da INFO, direto de Auckland