Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 10h30.
Avaliação de Giovana Penatti / O design do Zik foi ideia de Philippe Starck, designer francês que tem como marca a leveza e modernidade de suas criações. Essas duas características são vistas de primeira no headset da Parrot. Com almofadas e apoio de cabeça de couro preto e estrutura prateada fosca, é um dos headphones mais bonitos e confortáveis que passou pelo INFOLab. Apesar dos 326 gramas, o peso é muito bem distribuído e não incomoda nem um pouco. Contribuindo com o estilo minimalista e elegante, não tem nenhum botão: todos os comandos são dados por toques na concha direita.
Para aumentar e abaixar o volume basta deslizar os dedos para cima ou para baixo. Para passar para a próxima faixa ou voltar faixas, deslizar para os lados. Pausar a reprodução, somente um toque. As respostas desses toques, no entanto, não são tão rápidas. O Zik é cheio de sensores, mas nem todos eles respondem tão bem quanto gostaríamos, com um pequeno atraso nas respostas. Além dos que captam o movimento dos dedos, há dois localizados dentro da concha; um deles pausa a música quando o fone é afastado da orelha e o outro detecta movimento da mandíbula do usuário e aciona dois microfones extras para atender a ligações.
O Zik conta com cinco microfones, no total. Um deles capta a voz, enquanto os outros têm a função de cancelar ruídos. Destes, ficam dois em cada concha, sendo um interno e o outro externo. Graças a essa tecnologia, o isolamento é perfeito. Mesmo sem música, é difícil notar sons externos. Com música, então, é impossível. A qualidade é tão perfeita que dá para se distrair facilmente percebendo novos sons nas músicas que ouve sempre. Os arranjos mais sutis são reproduzidos e se destacam no todo; dá para definir cada instrumento que está tocando. Os graves mais profundos e agudos mais estridentes não ficam distorcidos, mesmo que a equalização tente exaltar um ou outro.
Dá para usá-lo com ou sem fio. A graça, claro, está na ausência de fios; dessa forma, ele se vale do Bluetooth e do NFC para conectar-se ao smartphone e reproduzir as músicas. Mas, para quem quiser conservar a bateria, ele tem uma saída P2 e um cabo revestido por tecido que acompanha. Também tem uma microUSB, que serve para carregar a bateria. Mas não tem como carregá-la sem o fone conectado; para quem quiser garantir funcionamento o dia todo, é melhor adquirir uma bateria extra ou utilizar os cabos, mesmo. A bateria aguentou seis horas e dois minutos de uso no INFOLab.
Um ponto que pode atrapalhar na portabilidade do headphone é que ele não dobra. Assim, fica pouco compacto para ser guardado. As conchas apenas viram em 90 graus, o que ajuda, mas não resolve. Uma bolsa simples acompanha para fazer o transporte, mas também pode ser desconfortável carregá-la, além do risco de esquecê-la em algum lugar com um fone de quase dois mil reais dentro.
Com o pareamento via Bluetooth ou NFC, é possível fazer a equalização do headset através do aplicativo para Android e iOS. Há seis perfis pré-configurados (Vocal, Pop, Club, Punchy, Deep e Crystal) e um personalizável. Um recurso bem legal é o Concert Hall Effect, com o qual é possível reproduzir a acústica de vários ambientes: casa de concertos, clube de jazz, sala de estar ou quarto silencioso, além do posicionamento das caixas de som ou seja, se o som vem de um ponto à sua frente ou de dois opostos à esquerda e à direita.
Formato | concha |
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Tipo | Headset |
Conexões | P2, microUSB, Bluetooth e NFC |
Resposta de frequência | 10-20000 Hz |
Peso | 326g |
Duração de bateria | 6h02min |
Prós | Som excelente; repleto de sensores e modos de conexão; aplicativo com equalização avançada de som |
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Contras | Bateria só pode ser carregada quando está alojada no fone; preço muito alto |
Conclusão | A qualidade do som é excelente e tem recursos bastante interessantes, mas é preciso sangue frio para pagar quase dois mil reais em um fone de ouvido |
Áudio | 8,4 |
Isolamento | 9,0 |
Conexões | 9,0 |
Design | 9,0 |
Média | 8.7 |
Preço | R$ 1999 |