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Para Sabesp, reduzir perdas é muito complicado

Presidente da companhia disse que há várias formas de medir o volume desperdiçado aos consumidores e que tem um programa 'muito agressivo' de redução de perdas

seca (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 06h58.

A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, disse nesta terça-feira que há várias formas de medir o volume de água desperdiçada na distribuição aos consumidores e que a empresa tem um programa "muito agressivo" de redução de perdas, com uma programação de financiamento já contratada de R$ 4 bilhões. Segundo ela, porém, é "complicado" reduzir o volume de água perdida.

Reportagem publicada pelo Estado mostra que as perdas efetivas de água em 2013 atingiram 31,2% sobre o volume produzido pela Sabesp. A companhia, contudo, divulga que o índice foi de 24,4%. A diferença ocorre porque a Sabesp compara a produção total com o volume de água pago pelos consumidores, que é maior do que o volume consumido, já que cerca de 35% dos usuários pagam uma tarifa mínima de R$ 16,82 por até 10 mil litros por mês, mesmo tendo gasto uma quantidade menor.

"Todo sistema de abastecimento de água, no mundo inteiro, tem algum tipo de vazamento. Há métricas, formas, de medir o vazamento. Você pode calcular a perda pelo micromedido e, nesse caso, não calcula tudo o que é consumido, por exemplo, em áreas irregulares, favelas. Tudo isso não entra na perda, mas reflete na produção", disse Dilma.

"E tem outra forma de medir, que é a forma que a Sabesp publica no balanço, que é por faturamento. Então, quanto que a Sabesp produz e quanto que ela fatura de água. Aí estão embutidos também um porcentual de perdas físicas, em torno de 15 a 16%", completou a presidente da companhia. Ela destacou que a Região Metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista "ainda têm muitas áreas irregulares" e que isso interfere na medição.

Segundo Dilma, é "muito complicado" reduzir perdas. "Passar de 35 (%) para 28 (%) é muito simples e se gasta pouco dinheiro. Passar de 28 (%) para o que queremos, em torno de 18 (%) até o fim da década, é muita tecnologia e muito dinheiro", concluiu.

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