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Para dormir bem, livro impresso é melhor do que tablet

Segundo um estudo, para uma boa noite de sono, ler um livro impresso é melhor do que um e-book, devido a luz azul dos aparelhos eletrônicos


	E-book: pesquisadores constataram ainda que os leitores de tablets estão menos alertas no dia seguinte
 (Scott Eells/Bloomberg)

E-book: pesquisadores constataram ainda que os leitores de tablets estão menos alertas no dia seguinte (Scott Eells/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 21h44.

Washington - Para dormir bem, é melhor ler um livro impresso do que um e-book, afirma um estudo divulgado nesta segunda-feira, explicando que a luz azul dos aparelhos eletrônicos afeta o sono.

Os pesquisadores do Brigham and Women's Hospital de Boston compararam os efeitos biológicos de ambos os tipos de leitura antes de dormir.

O estudo foi publicado no periódico "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências.

Durante duas semanas, 12 participantes fizeram suas leituras em tablets e em livros impressos quatro horas antes de dormir, durante períodos de cinco dias consecutivos.

"Aqueles que liam livros em tablets levaram mais tempo para dormir, tinham menos sono à noite, e sua produção de melatonina (que induz ao sono) se reduzia", explica a autora do estudo e pesquisadora de Ciências do Sono do hospital de Boston Anne-Marie Chang, em uma nota.

"Seu ritmo circadiano (relógio biológico interno) se atrasava, e estavam menos despertos no dia seguinte do que aqueles que leram livros impressos", acrescentou.

"Os ritmos circadianos naturais do corpo são interrompidos pela luz de ondas curtas, conhecida como luz azul, que provém desses aparelhos eletrônicos", continuou Anne-Marie.

Os pesquisadores constataram ainda que os leitores de tablets dormem uma hora mais tarde do que os outros e estão menos alertas no dia seguinte - mesmo depois de oito horas de sono.

Investigações anteriores haviam demonstrado o efeito da luz azul na secreção de melatonina, mas seus efeitos no sono ainda não haviam sido estudados, disseram os cientistas.

Eles acreditam também que o uso desses aparelhos, principalmente entre crianças e adolescentes, "desempenha um papel, ao perpetuar a falta de sono", tendência que se agrava há meio século. Por esse motivo, os pesquisadores pedem investigações sobre as consequências, para a saúde, de seu uso em longo prazo.

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