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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h22.
A interação entre a televisão e o celular já é realidade no Brasil. Há modelos de negócios que se comprovaram eficientes tanto para as operadoras de telefonia quanto para as emissoras de televisão. A tendência é que, em alguns anos, esse tipo de interação evolua para a transmissão do sinal de TV no celular esse, sim, um modelo que ainda não se concretizou nem no Brasil, nem em nenhum outro mercado do mundo. Acompanhe abaixo os quatro principais modelos colocados em prática ou que ainda estão sendo testados:
1) Envio de SMS principal recurso de interatividade usado pelos programas de TV, as mensagens de texto foram usadas pela primeira vez em 2001, quando os telespectadores do Big Brother, o reality show da Rede Globo, escolheram o ganhador do programa votando pelo celular. Nos anos seguintes, esse modelo se popularizou, e o modelo de negócio está maduro. Hoje, cerca de 15% de todas as mensagens de texto trocadas no país são originárias desse tipo de interatividade, em que a operadora de telefonia e a emissora de TV compartilham a receita gerada pelo tráfego de mensagens.
2) Downloads de arquivos multimídia o usuário do telefone baixa no aparelho arquivos com vídeos e conteúdo de TV. É o caso, por exemplo, dos gols do Campeonato Brasileiro que a Globo formatou para vender aos usuários das operadoras Claro, TIM e Vivo. Nesse modelo, os programas de TV são "adaptados" ao celular, e o usuário paga por arquivo baixado. Não há compartilhamento de receita de tráfego entre operadora e emissora.
3) Streaming modelo no qual o usuário do celular assiste no aparelho à programação normal da TV. Essa transmissão se dá por meio da rede da operadora. Está em teste pelas operadoras brasileiras em parceria com a TV Bandeirantes. Alguns especialistas criticam a qualidade da transmissão do sinal de TV pela rede celular quesito que deve melhorar com a chegada da TV digital e, principalmente, a capacidade dessa rede para transmitir esse sinal para muitos usuários ao mesmo tempo. A atual capacidade das redes celulares não é capaz de fazer uma transmissão de massa. Além disso, ainda não existem aparelhos com capacidade de recepção em escala suficiente e um preço razoável para que esse tipo de serviço se torne mais popular.
4) Antena de TV no celular o sinal de TV chega até o aparelho que possui um receptor embutido pela própria rede de televisão. Outro canal, o da operadora celular, serviria para fazer a interatividade do usuário, como mandar mensagens para os programas assistidos. Nesse modelo, os papéis de cada uma das empresas, emissoras e operadoras, ficam mais claros justamente porque o conteúdo da primeira não transita na rede da segunda. Esse modelo ainda não foi testado no Brasil, mas já está sendo experimentado em alguns países da Europa.